Encontro tem apoio do Governo do Estado e ocorre até a
próxima sexta-feira na Universidade Católica com a presença de representantes
de 16 países
“Os jovens brasileiros precisam conhecer a verdade sobre os
acontecimentos históricos dos chamados “anos de chumbo” no Brasil e a luta pela
redemocratização do país, para que se tenha uma nação mais justa e se possa
resguardar para as gerações futuras o legado de luta que nosso povo conquistou
e merece ser preservado”. A afirmação foi feita, na manhã de hoje (10), pelo
secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que representou o governador Eduardo
Campos e fez a fala de fechamento da solenidade de abertura do Congresso
Internacional 50 anos do Golpe e a Nova Agenda da Justiça de Transição no
Brasil. O evento, que reúne representantes de 16 países, é promovido pela
Comissão da Anistia do Ministério da Justiça com o apoio do Governo do Estado e
ocorre até a próxima sexta-feira (14), na Universidade católica de Pernambuco.
Na ocasião, o secretário destacou, ainda, que Pernambuco se
sente honrado em sediar um encontro dessa natureza, não só pelos trabalhos
realizados pela Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Hélder Câmara
(CEMVDHC), que tem esclarecido e feito justiça em muitos casos envolvendo a
morte e o desaparecimento de presos políticos pernambucanos, assim como por ser
um estado de tradições libertárias e de história de resistência à dominação
colonial, a exemplo da Confederação do Equador e da Revolução Pernambucana de
1817.
O presidente da Comissão da Anistia do Ministério da
Justiça, Paulo Abrão, disse que, agora, se faz necessário discutir as medidas
de continuidade e de reparação dos danos causados às famílias durante o regime
militar e estender as ações aos demais países da América Latina que foram, a
exemplo do Brasil, vítimas de golpes semelhantes. “É preciso manter as
Caravanas da Anistia, os seminários temáticos e as inúmeras iniciativas tomadas
no sentido de resgatar a verdade desde momento histórico nas inúmeras
iniciativas tomadas pelos mais diversos estados, estimulando as pesquisas
acadêmicas, as dissertações de mestrado e as teses de doutorado”, pontuou.
Para o presidente da CEMVDHA, Fernando Coelho, o seminário
em alusão aos 50 anos do golpe militar no Brasil, realizado no Recife, abre
espaço para a restauração da verdade de um dos períodos mais obscuros da
história do país e que deixou inúmeras famílias por anos sem respostas sobre o
destino e o verdadeiro motivo da morte de seus filhos. “Estamos buscando
justiça e passando a limpo para as gerações subsequentes ao golpe”, afirmou.
Fonte: SECRETARIA DA
CASA CIVIL DE PERNAMBUCO
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