Segundo informações da direção da CNM, representantes dos
dez maiores partidos com representação no Congresso Nacional foram convidados
para o debate sobre a reforma política que se realizou na tarde desta terça
(26), no Centro Internacional de Convenções do Brasil, onde se realiza a XVIII
Marcha dos Prefeitos. Apenas PSDB, PSD E PSB enviaram representantes.
O agora ex-presidente extinta comissão da reforma política,
Deputado Marcelo Costa e Castro (PMDB/PI) apresentou os principais pontos
debatidos pela comissão antes dela ser extinta e antes do debate ser deslocado
para o plenário da Câmara, com novo relator de plenário, o Deputado Rodrigo
Maia. Além dele, participaram do debate o Senador Aécio Neves, representando o
PSDB; o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque e o Presidente
nacional do PSD, Guilherme Campos. O debate foi mediado pelo Presidente da
AMUPE, José Patriota.
“Uma vergonha internacional. Temos um dos piores sistemas
políticos do mundo,” desabafou o Deputado Marcelo Castro. Beto Albuquerque e
Aécio Neves avaliaram o “Distritão”, fim do voto proporcional para o
legislativo, como um grande retrocesso. “Vai valer o poder do dinheiro, das
campanhas milionárias. Os eleitos serão eleitos independentemente dos partidos.
Isso será o fim dos partidos e da chance de representação para as minorias,”
avaliou o vice-presidente do PSB. O Senador Aécio Neves alegou que “é difícil
alcançar consenso sobre estas questões”, mas o partido quer o fim da reeleição,
mandato de seis anos, voto distrital misto e financiamento “com isonomia, sem
distorção para quem tem muito dinheiro”. Segundo ele, o distritão parece trazer
justiça à política, mas fragiliza demais os partidos políticos.
Todos foram unânimes ao criticar o “golpe de força” do
Presidente da Câmara em renegar todo o acúmulo de discussões da comissão de
reforma política e nomear um novo relator no dia da votação e apresentar um
relatório que sequer havia sido discutido com o conjunto de partidos.
Antes do início do debate, a CNM apresentou os resultados de
uma pesquisa que mostrou a opinião dos Prefeitos sobre a reforma política.
Segundo os dados, 89,1% dos gestores municipais defendem o fim da reeleição, a
coincidência dos mandatos e a unificação das eleições. Eles também defendem a
limitação do número de reeleições para o parlamento.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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