Governo fortalece agricultura familiar e adota práticas mais sustentáveis, tecnológicas e de maior valor agregado
O montante destinado ao Pronaf
foi de R$ 76 bilhões. Durante o lançamento do programa, o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, destacou a sua integração ao Plano de Transformação Ecológica.
“Estamos introduzindo taxas de juros menores e maior estímulo à transformação
ecológica, que precisa começar pela agricultura e pecuária”, afirmou.
Segundo o ministro, a agricultura
familiar no Brasil é rica em exemplos sustentáveis, e o objetivo do governo é
universalizar essas práticas por todo o país. Haddad enfatizou a importância de
um plano que atenda à diversidade da população brasileira. “É um plano para a
população da floresta, dos quilombos, das reservas indígenas e para aqueles que
não têm título de propriedade e não podem oferecer garantias, mas que terão o
apoio de fundos garantidores”, explicou o ministro. Segundo ele, o novo Pronaf
procura garantir que todos os agricultores comprometidos com a produção
sustentável e a segurança alimentar tenham acesso ao crédito necessário.
“Estamos garantindo que nenhum
cidadão comprometido com a produção e com colocar comida barata na mesa do povo
brasileiro fique de fora”, concluiu Haddad.
Juros reduzidos
As condições de crédito
diferenciadas e o foco na sustentabilidade do Pronaf têm por objetivo
possibilitar que o agricultor familiar amplie e diversifique sua produção,
garantindo a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente. Neste
sentido, para o ano safra 2024/2025, várias medidas foram aprovadas.
Produtores que produzem produtos
orgânicos, da sociobiodiversidade e agroecológicos no âmbito do Pronaf Custeio
terão acesso a uma taxa de juros de 2% ao ano, uma redução significativa em
relação aos 3% ao ano no Plano Safra 2023/2024 e aos 5% ao ano em 2022/2023.
As linhas de investimento do
Pronaf Bioeconomia e o Pronaf Agroecologia também tiveram suas taxas de juros
reduzidas, de 4% ao ano para 3% ao ano.
As linhas de investimento e
custeio que incentivam a produção de produtos orgânicos, agroecológicos e da
bioeconomia se integram ao Plano de Transformação Ecológica no eixo de
Bioeconomia e Sistemas Agroalimentares. Seu objetivo é promover maior valor
agregado desses produtos e melhorar a renda dos trabalhadores do campo, via
incentivos à agroecologia, biotecnologia e práticas sustentáveis, integrando
preservação ambiental e desenvolvimento econômico.
Outra medida aprovada é a que
garante o acesso a crédito de financiamento, por meio das linhas Pronaf
Floresta, Pronaf Bioeconomia e RenovAgro Ambiental, àqueles produtores com área
de sua propriedade rural embargada, desde que com a finalidade exclusiva de
recuperar a vegetação nativa dessa área, com CAR validado e conforme o Programa
de Regularização Ambiental (PRA). Essa iniciativa promove a recuperação
ambiental de áreas degradadas, incentivando práticas sustentáveis e a
restauração de ecossistemas.
O Pronaf 2024/2025 também prevê o
aumento do financiamento para sistemas agroflorestais. Na linha Pronaf
Floresta, o limite de financiamento foi ampliado de R$ 80 mil no ano safra
2023/2024 para até R$ 100 mil no ano safra 2024/2025. A taxa de juros dessa
linha também foi reduzida de 4% ao ano para 3% ao ano. A expansão do
financiamento e a redução das taxas de juros são estratégicas para incentivar
práticas agrícolas que conciliam a produção com a conservação ambiental.
Já o Ecoforte, programa de apoio
a projetos de redes de agroecologia e produção orgânica, terá seu maior valor
histórico, beneficiando 40 redes e 30 mil agricultores familiares com recursos
inéditos. Para reforçar as ações, o Governo Federal lança a iniciativa Do Campo
à Mesa, com um edital de R$ 35 milhões destinado a promover a transição
agroecológica.
Foi publicada também a portaria
que institui o Selo Integração Sustentável da Agricultura Familiar (SEISAF). A
iniciativa reconhece os integradores que promovem a inclusão da agricultura
familiar em sistemas de integração sustentáveis, alinhados aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU.
No total, o Governo Federal
destinará R$ 85,7 bilhões para ações voltadas à agricultura familiar, um
crescimento de 10%. Essas medidas visam fortalecer a sustentabilidade no campo,
alinhando-se ao PTE, uma estratégia nacional para a transformação ecológica e
uma agricultura regenerativa e de baixo carbono.
Fonte: www.gov.br/fazenda
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