Paiva Netto
Vem chegando o Natal de Jesus!
Temos uma visão ecumênica sobre o Divino Mestre. Não achamos
que Ele esteja submetido a qualquer setor da vida espiritual, humana, política,
econômica, filosófica. Sua atuação é amplíssima. E assim, amplissimamente, Ele
deve ser estudado, compreendido e amado.
O Salvador dos Povos passou pela Terra e, para trazer-nos a
libertação de Espírito, teve de pagar pesado tributo. Mas venceu. Venceu e
deixou o ensinamento de que, ao látego da dor, surge a Luz.
O sofrimento não abate a Alma do ser humano integrado Nele,
o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista. Pelo contrário, ergue o indivíduo ao
seio compassivo do Seu Criador. Ali, a pessoa se aquece, pois encontra o Lume
inapagável da Celeste Caridade. E conhece, enfim, a verdadeira realização
espiritual e material.
E vê! Vê, mesmo ainda estando no plano das formas, além das
estritas fronteiras do horizonte terrestre, que não mais pode amesquinhar suas
visões do Mundo Infinito, em que impera a alegria inefável do Natal Permanente.
E ela, a criatura, começa a distinguir de onde vem um poder que não se
abastarda na promiscuidade dos lamaçais dos desvios humanos. E logo se vai
libertando do mal.
Mais uma vez não morreu a esperança, porquanto Jesus de novo
nasce, como a ressuscitar, todos os dias, nos corações dos que O amam.
Salve, ontem, hoje e eternamente, o Teu Natal, Jesus!
PRECE
E a Ele, Jesus, dirigimos esta súplica.
Glória Te damos, ó Sublime Redentor; porque, se ressurgiste
da morte, como de fato ocorreu, o fizeste para que nos mantenhamos vivos no Teu
Amor, na Tua Clemência, na Tua Compassividade, porém vivos, também, na Tua
Justiça.
Cremos em Ti, e este é finalmente o verdadeiro tesouro que
nos sustenta e nos acompanha pela Existência Eterna.
Sentimo-nos, sem vaidades inúteis, orgulhosos por ser
legionários de Deus, cristãos do Teu Novo Mandamento, mantenedores e
voluntários da Boa Vontade, cantada pelos Anjos do Céu aos pastores do campo,
quando surgiste entre nós, há mais de dois milênios (Evangelho segundo Lucas,
2:14).
As lutas servem para em Ti nos fortalecer, ó Libertador
Sagrado, que nos livras das injustiças do mundo.
Servir-Te, Jesus, leva ao entendimento da real destinação
dos peregrinos das estradas da existência.
Se as pedras ferem os pés desnudos, o coração e a mente
aprendem a perseverar na trilha que, com infalibilidade, conduz o que persiste
redimido, a beijar-Te as mãos e, como o fizeste aos Teus Apóstolos, lavar-Te os
pés; pois igualmente Tu, Razão de nossas vidas, caminhaste, descendo até nós,
enquanto, por Teu Amor, por Tua Misericórdia, subimos ao Teu encontro. Eis mais
um ato da Tua Generosidade Infinita.
Contigo desejamos permanecer, laboriosos, visto que não
aprovas a ociosidade, aguardando o toque da trombeta de Josafá, isto é, o sinal
da transição dos tempos.
Gratos, Senhor, pela Fé que diviniza as nossas Almas e com a
qual nos revestiste, de modo que não precisemos esperar a morte para mais
claramente ver-Te e filialmente servir-Te. Somos Teus tutelados! Por causa de
Ti não somos mais órfãos.
Que mais poderíamos ambicionar, conquanto és o precioso
tesouro, aquele que o ser humano instintivamente busca, muita vez sem ao menos
saber, em toda essa grandeza, defini-lo sequer? Amor Fraterno também é um nome
Teu!
Glória a Ti, ó Celeste Ressuscitado, que nos tiraste, pelo
Teu Indescritível Sacrifício, da orfandade para os braços do Divino Pai. Guarda
as nossas lágrimas no Teu relicário, Jesus!
Não mais vivemos perdidos nos chavascais da intolerância de
todos os matizes. Aceita-nos, Senhor, como Teus humildes cireneus. Glória a Ti,
portanto, Jesus, Bússola para a nossa marcha acertada. Dela, dessa Bússola que
és Tu, jamais abriremos mão.
Salve o Teu Natal Permanente, admirável Taumaturgo! Que
assim seja!
“Glória a Deus nas Alturas, Paz na Terra aos homens (e às
mulheres, aos jovens, às crianças e às Almas benditas, os Espíritos) da Boa
Vontade de Deus!”
Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o
Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.
José de
Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
— www.boavontade.com
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