O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) lançou nesta quarta-feira (2), no Rio de Janeiro, o seu primeiro
Relatório Anual Green Bond – os chamados títulos verdes.
O documento, inédito entre bancos brasileiros, contém
informações sobre projetos de energia eólica apoiados com US$ 1 bilhão, verba
captada pelo BNDES no mercado internacional em 2017 e destinada a financiar
projetos ambientalmente sustentáveis.
Segundo informações do banco, a captação em títulos verdes
(green bonds) foi concluída em maio do ano passado no mercado internacional,
com vencimento previsto para 2024. Trata-se da primeira operação deste tipo
realizada por um banco brasileiro.
Com os recursos, foram apoiados oito projetos de geração de
energia eólica, distribuídos por seis estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do
Norte, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. Juntos, os projetos têm 1.323
megawatss de capacidade instalada, o que representa mais de 420 mil toneladas
de CO2 (Dióxido de Carbono) equivalentes que deixarão de ser lançadas
anualmente na atmosfera.
Títulos convencionais
Ao detalhar a operação, o BNDES disse que os papéis têm
características similares aos títulos convencionais, mas que os recursos
obtidos foram destinados exclusivamente a projetos ambientalmente sustentáveis,
atestados por uma empresa verificadora especializada na área ambiental. No caso
do BNDES, destinam-se a projetos de geração eólica, novos ou já existentes na
carteira do banco.
“Os investimentos em parques eólicos, sobretudo na região
Nordeste, são um dos destaques do desempenho trimestral do BNDES, divulgado
recentemente. Eles ajudaram a impulsionar os desembolsos do segmento de energia
elétrica, que atingiram R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses do ano”, diz a
nota da instituição.
Presença
internacional
A avaliação do BNDES é de que os green bonds ajudam a
consolidar a presença internacional do banco e proporcionam uma série de
benefícios, como o de reforçar a prioridade dada pela instituição ao tema da
sustentabilidade socioambiental, promover a difusão das melhores práticas de
gestão socioambiental e incentivar o acesso de outros emissores brasileiros ao
mercado de green bonds, além de construir um novo ponto de referência em sua
estrutura a termo de taxa de juros internacionais.
Fonte: gonzagapatriota.com.br
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