Aliados da presidente Dilma Rousseff entraram em campo hoje
para minimizar as vaias recebidas ontem pela petista durante 16ª Marcha dos
Prefeitos, em Brasília.
Os governistas afirmam que houve “falha de comunicação” e,
com isso, não permitiu aos prefeitos entenderem que Dilma anunciava um pacote
de bondades aos municípios, que inclui a liberação de R$ 3 bilhões às
prefeituras.
“Parabenizo a presidente por ter ido à marcha e de ter levado
solução. Acho que foi uma questão de comunicação. A presidente ofereceu R$ 3
bilhões, uma compensação pelas perdas dos prefeitos”, disse o senador Jorge
Viana (PT-AC).
Depois do anúncio das medidas, coube ao presidente da Frente
Nacional dos Prefeitos, Paulo Ziulksoki, traduzir o anúncio feito por Dilma.
Além de informar os prefeitos sobre a liberação do dinheiro, Ziulkoski também
repreendeu os prefeitos por terem vaiado a presidente.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), lembrou que
o ex-presidente Lula ofereceu duas vezes durante marchas de prefeitos R$ 1
bilhão de acréscimo no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) –e sempre foi
ovacionado.
“Ontem, nos corredores desse Congresso, só se falava que o
pleito dos prefeitos era 2% de aumento do FPM, mas que a presidente deveria
anunciar 1%. A expectativa de todos nós é que fosse anunciado 1%, e ela
anunciou 1,3%, anunciou R$3 bilhões”, reagiu Raupp.
Jornalista, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que faltou a
Dilma articular melhor como seria o anúncio do repasse dos recursos aos
prefeitos, que não entenderam a sua mensagem.
“Às vezes, esse ruído na comunicação não claramente feita
pode provocar o que aconteceu hoje. Eu penso que se salvaram todos depois do
episódio, porque coube à presidente da República manifestar, como estadista,
que não é fácil você compatibilizar quando há escassez e há uma demanda
represada para as prefeituras municipais”, afirmou.
Para o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), faltou “jeito”
para Dilma se comunicar com os prefeitos. “Ela liberou 1% do Fundo de
Participação, só que ela falou de uma maneira diferente, falou dos R$ 3
bilhões, ou coisa que o valha, e os prefeitos não entenderam na hora.”
Fonte: Folha Press
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