O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta
quinta-feira que os sindicatos da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) devem
manter em atividade pelo menos 40% de seu quadro de funcionários para garantir
o serviço durante a greve convocada há 23 dias.
O presidente do TST, João Oreste Dalazen, tomou esta decisão
para que a Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares (Fentect) atenda os "serviços inadiáveis" da
comunidade.
O descumprimento da decisão, que foi tomada pela Justiça
depois de os sindicatos terem rejeitado internamente o acordo que fora
alcançado na terça-feira entre os Correios e a Fentect, levará a uma multa de
R$ 50 mil.
O titular do TST antecipou de segunda-feira para esta sexta
a audiência entre a direção da empresa e os representantes dos 35 sindicatos.
O acordo alcançado na terça-feira contemplava um aumento
salarial real de R$ 80 a partir de outubro e um reajuste de 6,87% que seria
retroativo a 1º de agosto.
Além disso, as duas partes haviam concordado que seis dias
de greve seriam descontados dos vencimentos e que os funcionários dos Correios
trabalhariam durante fins de semana e feriados para entregar as 136 milhões de
cartas acumuladas.
A greve começou em 14 de setembro, depois do fracasso das
negociações nas quais os trabalhadores reivindicavam um aumento salarial de R$
400 a partir de janeiro de 2012, reposição da inflação de 7,16% e mais 24,76%
para compensar perdas acumuladas desde 1994.
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