27/03/2013

DESSALINIZADOR DE RIACHO DAS ALMAS É UM DOS MAIS ANTIGOS DO NORDESTE


O equipamento que transforma água salgada em líquido com qualidade praticamente mineral foi instalado em Riacho das Almas há 25 anos

Riacho das Almas conta com uma tecnologia bastante eficiente para dar assistência à população da zona rural, no que se refere ao abastecimento de água. O município conta com 13 dessalinizadores em funcionamento. O equipamento transforma água salgada em água doce através de um processo de filtragem e tratamento da água. Um dos primeiros dessalinizadores instalados no Nordeste fica no Sítio Pau Ferro, na zona rural de Riacho das Almas. De acordo com Severino Nino, que é operador do dessalinizador, o equipamento foi instalado na comunidade no ano de 1988, quando Miguel Arraes ainda era governador de Pernambuco.

Severino explicou que antes do dessalinizador, muita água doce não era aproveitada. “Antigamente eram umas torneiras em um chafariz, e muita água era desperdiçada.” Há seis anos, foi instalado um sistema com fichas que são liberadas para os agricultores da região para que eles possam retirar a água potável. São liberados, por dia, dois galões de água. A ficha é colocada na máquina que libera o fluxo de água por um minuto, tempo suficiente para encher os galões que as pessoas levam até o local. Mais de 100 famílias de sítios da região são beneficiadas. “As pessoas vêm de Sítios como Vila Nova, Pau Ferro, Couro D’Antas, Pinhões, Rendeiro, Lagoa do Algodão e Estaleiro para pegar água doce aqui. Com o sistema de fichas, melhorou 100% a distribuição da água”, ressaltou Severino Nino.

Para o agricultor Aparecido Luiz Gomes, que todas as tardes vai buscar água do dessalinizador, o equipamento ajuda muito. Ele usa a água do dessalinizador para beber e cozinhar. “É quase água mineral. Essa água aqui é boa demais. Se não fosse esse poço, iria ficar muito ruim pra gente, porque seria necessário comprar água pra beber, e a gente não tem condições para isso.”, comemorou ele. Por conta da estiagem, Aparecido compra água da barragem de Jucazinho para uso doméstico e para cuidar das duas vacas que tem. “Para as outras coisas, eu compro dois mil litros de água por semana. Compro mil litros de água da barragem por R$ 10.” Explicou.

O sistema funciona da seguinte maneira: um poço artesiano é perfurado, a água bruta vai para outro reservatório, passa por um sistema de filtragem, tratamento e pressurização, e a água salgada é separada da água doce. A primeira é depositada em uma cisterna e posteriormente descartada. A segunda, ideal para o consumo, é armazenada em uma terceira caixa d’água, e liberada por intermédio das fichas duas vezes ao dia, de manhã e à tarde. No poço artesiano do Sítio Pau Ferro, a vazão de água bruta é de 6.500 litros por hora. Metade desta água é transformada em água doce, com qualidade mineral.

Segundo o operador do equipamento, cada litro de água tem aproximadamente 10 gramas de sal, que é totalmente retirado com o tratamento.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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