Sabia que a primeira máscara de Carnaval data de 30.000 anos
A.C. e era fabricada e ornamentada para ser usada em celebrações, cultos e
rituais de povos primitivos.
No Antigo Egito, o povo acreditava que a colocação de uma
máscara na face dos mortos ajudava na passagem para a vida eterna. Na China, as
máscaras eram usadas para afastar os maus espíritos, enquanto que os Gregos
usavam as máscaras nas suas cerimônias religiosas. O mais antigo documento
sobre o uso das máscaras em Veneza data de 02 de Maio de 1268. Um outro, datado
de 22 de Fevereiro de 1339, proibia os mascarados de vaguearem pela noite nas
ruas da cidade. Todavia, o seu uso era permitido durante todo o carnaval, exceto
nas festas religiosas e ao entrar nas igrejas. Durante todas as manifestações
importantes, como as festas republicanas, era consentido o uso dos trajes
Venezianos que compunham o uso das máscaras.
Em Itália, os “bobos da corte”, artistas do riso,
transformaram-se em Arlequim, Pulcinella, Pierrot e Colombina, personagens que
inspiraram o Carnaval de Veneza, sendo que as máscaras, tinham o poder de
revelar ou ocultar sentimentos.
Na necessidade do homem de se embelezar e de se transformar,
surge em Veneza, no século XV, o primeiro baile de máscaras, “Ball Masquê”,
onde o uso da máscara também se fazia necessário devido aos constantes
conflitos políticos. Os Cortesãos mascarados faziam brincadeiras, confiantes no
anonimato, extravasando todos os seus impulsos reprimidos, libertando-os das
normas sociais.
Em Veneza, as máscaras também se tornaram peças decorativas,
transformando-se na principal atividade econômica da Região. Em relação à
palavra Carnaval, esta tem origem na Idade Média, sendo que para uns, deriva de
“carrum navalis”, que eram os carros navais que faziam a abertura das Dionisías
Gregas nos séculos VII e VI a.C. e para outros, a palavra surgiu quando
Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para
quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo,
denominado de “quinquagésimo” deu o nome de “dominica ad carne levandas”,
expressão que seria sucessivamente abreviada para “carne levandas”, “carne
levale”, “carne levamen”, “carneval” e “carnaval”.
Todas estas variantes têm origem em dialetos italianos (como
o Milanês, Siciliano, Calabres, etc..) e que significam ação de tirar, que
neste caso quer dizer “retirar a carne” e refere-se à proibição religiosa do
consumo de carne durante os quarenta dias que dura a quaresma.
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