Cometas de curto período (menos de 200 anos) têm órbitas em
planos próximos ao plano das órbitas dos planetas; cometas de longo período (de
centenas a centenas de milhares de anos) têm órbitas em planos com as orientações
as mais variadas (parecem vir de todas as direções do céu).
Em 1950, a partir de análise das órbitas dos cometas, Jan
Hendrik Oort (1900-1992) propôs o modelo atualmente aceito para a origem dos
cometas de longo período. Segundo Oort, existe uma imensa "nuvem" de
núcleos cometários orbitando o Sol, em órbitas aproximadamente circulares, a
distâncias que variam de 30.000 UA a mais de 60.000 UA do Sol. Seriam mais de
um trilhão de objetos, dos mais variados tamanhos.
Quando perturbados esses objetos começariam um movimento de
"queda" pras regiões internas do Sistema Solar (adquiririam órbitas
bastante elípticas), tornando-se assim cometas de longo período.
Em 1951, Gerard Peter Kuiper (1905-1973) propôs serem os
cometas de curto período oriundos de uma região plana, coincidente com o plano
das órbitas dos planetas, com início logo após a órbita de Netuno
(aproximadamente 30 UA do Sol) e se extendendo até aproximadamente 100 UA. Esse
é o modelo atualmente aceito para a origem dos cometas de curto período. Essa
"arruela" de núcleos cometários é hoje chamada de "Cinturão de
Kuiper".
Estima-se que o Cinturão de Kuiper seja constituído por
volta de 10.000 objetos com mais de 300 Km de diâmetro; 35.000 com mais de 100
Km; 3.000.000 com mais de 30 Km; etc.
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