Foi aprovado nesta quarta-feira (07), na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o requerimento de audiência pública
para discutir a criação do Código de Defesa do Contribuinte.
De autoria dos senadores Armando Monteiro e Kátia Abreu
(PSD/TO) - autora do Projeto de Lei do Senado nº 298/2011, cujo parlamentar
pernambucano é o relator -, o requerimento visa promover o debate sobre a
matéria que estabelece normas gerais sobre direitos e garantias do
contribuinte, a fim de minimizar a relação desequilibrada entre as
administrações fazendárias e o contribuinte brasileiro.
Participarão do
debate juristas, representantes dos contribuintes, a exemplo do Conselho
Estadual de Defesa do Contribuinte de São Paulo (CONDECON), membros do setor
produtivo e autoridades do governo federal.
Para Armando Monteiro, o Brasil tem avançado na legislação
que assegura direitos coletivos como, por exemplo, o Estatuto da Criança e do
Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso e da
Igualdade Racial, entre outros. Já na defesa do contribuinte muito precisa ser
feito. “O cidadão brasileiro ainda se ressente de direitos e garantias que
torne a relação com o fisco mais equilibrada. Hoje podemos constatar uma
profunda desigualdade nessa relação”, comentou.
Nessa linha, a senadora Kátia Abreu apresentou o PLS
289/2011, que busca harmonizar a relação tributária do contribuinte com as
administrações fazendárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Em síntese, o projeto pretende uniformizar essa relação,
garantindo um mínimo de direitos que não podem ser violados pelas
administrações fazendárias. “Vale ressaltar que vários países já dispõem de um
código de defesa do contribuinte – EUA, França, Espanha, Austrália são
exemplos. O projeto resgata a iniciativa do então senador Jorge Bornhausen, que
em 1999 apresentou projeto de lei com esta finalidade”, lembrou Armando
Monteiro.
Como relator do PLS 289 na CCJ, Armando Monteiro se comprometeu
em aprofundar no debate de forma a contribuir para o aprimoramento da
proposição. “Vamos avançar na construção de um texto equilibrado, justo e à
altura das expectativas dos contribuintes brasileiros”, concluiu.
Crédito
da foto: André Oliveira/divulgação
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