29/03/2012

SUPREMO ABRE INQUÉRITO CONTRA DEMÓSTENES


O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (28) abrir inquérito para investigar o possível envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com um esquema de corrupção chefiado pelo empresário do ramo de jogos de azar, Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal no mês passado.

O pedido para que fosse feita a investigação partiu do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, na terça-feira (27). O ministro Ricardo Lewandowski, que analisou a solicitação, ordenou a quebra do sigilo bancário do senador e que sejam feitas diligências para apurar o caso.

Demóstenes era o líder de seu partido no Senado e licenciou-se do cargo para “acompanhar a evolução dos fatos” referentes a ele. O senador tinha uma linha de telefone exclusiva para falar com Cachoeira e foi flagrado em 300 diálogos com o empresário, segundo investigação da PF.
No início do mês, em pronunciamento no plenário do Senado, o parlamentar disse que mantinha apenas “conversas triviais” com o empresário. Ele confirmou ainda ter recebido de Cachoeira, como presentes de casamento, uma geladeira e um fogão importados no ano passado, mas negou qualquer relação desta “gentileza” com supostas irregularidades.

Lewandowski solicitou ao Banco Central que apresente informações sobre as movimentações financeiras do parlamentar e ao presidente do Senado Federal, José Sarney, para que envie ao STF a relação de emendas ao orçamento apresentadas por Demóstenes Torres. O ministro determinou, ainda, que a Polícia Federal degrave 19 diálogos telefônicos registrados na Operação Monte Carlo e que órgãos públicos prestem informações a respeito de contratos celebrados com empresas investigadas.

O ministro do Supremo negou, porém, o pedido de Gurgel para que Demóstenes fosse ouvido nos próximos dias, por considerar a medida “prematura”, e também não cedeu ao DEM, a políticos e à imprensa a possibilidade de acessar o conteúdo do processo, direito que foi concedido apenas à defesa do senador.

Fonte: R7

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