“Uma leitura do espaço, do tempo e da identidade nordestina
através da obra de Luiz Gonzaga: o Rei do Baião” será a palestra que a
professora doutora da Universidade Federal de Pernambuco, Ana Maria de Barros
fará na abertura do segundo semestre letivo da FAFICA, no
dia 1 de agosto, às 19h30, no auditório da Faculdade.
A cada abertura do ano letivo, a FAFICA
recepciona festivamente os alunos novos e veteranos, mas ao mesmo tempo busca
promover uma reflexão sobre alguma temática que contribua para o engrandecimento
da comunidade acadêmica. Com o centenário do Rei do Baião, a FAFICA pensou
em refletir sobre os desdobramentos sócio-culturais da produção musical do
mestre Luiz Gonzaga e convidou a professora Ana Maria Barros.
Depois da palestra, os presentes farão uma viagem pela vida
de outro lendário nome da cultura nordestina: Virgolino Ferreira da Silva, o
Lampião. Num espetáculo de dança e música será mostrada toda a saga do Rei do
Cangaço. O responsável por oferecer esse passeio na História será o Grupo
Cabras de Lampião, um dos maiores divulgadores do xaxado no País, que procura
manter viva a originalidade e a autenticidade da dança criada no Sertão
Nordestino. O grupo Cabras de Lampião é uma trupe de artistas sertanejos,
exatamente da cidade que nasceu Virgolino Ferreira da Silva.
Para reproduzir no palco como era a diversão dos “homens” de
Lampião nos intervalos dos combates, os integrantes do grupo de Serra Talhada
se caracterizam como cangaceiros e, durante uma hora, convidam o público
"a um mergulho no mundo mágico e místico do Sertão". As músicas são
tocadas por um trio, formado por sanfona, zabumba e triângulo.
Dança dos cangaceiros - O xaxado é uma dança criada pelos
cangaceiros de Lampião no inicio da década de 1920, quando Serra Talhada ainda
era conhecida como Vila Bella. A dança surgida nessa cidade do Sertão
Nordestino espalhou-se pelos arredores, tornando-se popular, não só entre os
“homens” de Lampião, mas em muitos bandos de cangaceiros. Era uma dança
exclusivamente masculina, até porque naquela época não havia quase nenhuma
mulher no cangaço. A arma fazia o papel da dama, na falta da figura feminina.
Os cangaceiros dançavam em fila indiana, o primeiro da fila,
que sempre era o chefe do grupo ou o poeta, puxava os versos cantados e o restante
do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando
mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.
Todo esse cenário será reproduzido na FAFICA, numa
apresentação aberta à comunidade e com entrada franca.
Contatos do Grupo Cabras Lampião:
Telefone: (87) 3831 2041 / 3831 3860 / 9938 6035
E-mail:
cabrasdelampiao@gmail.com
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