22/01/2013

PELA TOLERÂNCIA RELIGIOSA, UM CAMINHO PARA A PAZ


Paiva Netto

Na próxima segunda-feira, 21/1, a partir das 9 horas, ocorrerá na Cinelândia, no Rio de Janeiro/RJ, importante iniciativa inter-religiosa, “Cantando a gente se entende”. O evento, que celebrará o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, será promovido pela Comissão contra a Intolerância Religiosa (CCIR) e terá o apoio da Globo-Rio (Rede Globo de Televisão).

A Religião de Deus, a Religião do Amor Universal, participará do ensejo com estande, apresentações musicais, culturais e celebrativas.

Na terça-feira, 22/1, às 14h30, no Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) realizará um Ato pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e pelo Dia Mundial da Religião. Segundo nos informa a assessora da Política de Diversidade Religiosa da SDH, sra. Marga Janete Ströher, na mesma data, a ilustre ministra Maria do Rosário Nunes anunciará a portaria da criação do Comitê Nacional de Diversidade Religiosa.

Esses dois importantes eventos contarão com a presença de diversas tradições religiosas e espirituais.

O nosso contributo terá como fundamentos o Ecumenismo Irrestrito, o Ecumenismo Total, o Ecumenismo dos Corações e o Ecumenismo Divino. São quatro pilares que vimos desenvolvendo em ações práticas desde 1950, quando Alziro Zarur (1914-1979) começou no Brasil, na sede da ABI, Associação Brasileira de Imprensa, o diálogo inter-religioso com a Cruzada de Religiões Irmanadas.

ARMAGEDONS, DESPERDÍCIO E CRACK
Aprendamos a respeitar a Vida, do contrário a deusa morte multiplicará o seu trabalho. Foi o que reafirmei em 1991, na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, Portugal, gravando o programa “Boa Vontade”, para a Rede Bandeirantes de Televisão, do Brasil.

Muita gente pensa que o Armagedom (Apocalipse de Jesus, 16:16) se refere apenas à possibilidade de guerra nuclear, química, bacteriológica, cibernética. Mas qualquer desrespeito às criaturas, que nem mesmo podem defender-se no útero materno, é um Armagedom. O crime organizado é um Armagedom. O analfabetismo material e espiritual é um Armagedom. A implosão da família é um Armagedom. O avanço tecnológico sem o espírito de solidariedade social é um Armagedom. O fanatismo religioso é um Armagedom. O materialismo desbragado é um Armagedom. A fome é um Armagedom. O Armagedom está à nossa mesa: os vegetais cheios de agrotóxicos, as carnes repletas de antibióticos e hormônios. O Armagedom reflete-se nas águas poluídas dos oceanos, lagos, rios e, mesmo, fontes. Os flagelados da seca e das inundações padecem um Armagedom. Sair às ruas para o serviço, o estudo ou a diversão, sem a certeza de um retorno tranquilo ao lar, diante da violência e da insegurança que por toda parte hoje se manifestam, o que é isso senão um Armagedom? A falta de Amor nos corações é um gerador de Armagedons. As pessoas ficam esperando o Armagedom, e ele já está aí... criado por nós.

E vejam só a conclusão do recente estudo inglês, “Global Food; Waste not, Want not”, que constitui outro inacreditável Armagedom. Ele aponta que, a cada ano, cerca de dois bilhões de toneladas de alimentos têm como destino o lixo. É simplesmente metade da comida do planeta. Esses números, sobre o desperdício que ocorre no mundo, revelam paradoxo capaz de questionar nossa própria condição de civilizados.

Entretanto, os problemas têm solução quando os seres humanos realmente se dispõem a resolvê-los. É uma questão de respeito ao divino privilégio de existir. Por isso, aqui se encaixa como uma luva este pensamento de Henry Ford (1863-1947), que certa vez definiu a Boa Vontade como a maior força da Vida: “Os tempos de riqueza não nascem por acaso. Surgem como resultado de muito esforço e pertinácia”.

Esse mesmo empenho devemos empregar no combate às drogas que infelicitam tantas famílias e na devida reabilitação dos seus usuários. O crack, o álcool, o tabaco, só para citar alguns, são, portanto, lamentáveis Armagedons a serem superados. Diz uma campanha do governo brasileiro: “Com o compromisso de todos é possível vencer o crack”. Eis uma consciência imprescindível em qualquer frente de trabalho.

PERTO DE JESUS, LONGE DOS PROBLEMAS

Digo sempre aos jovens na LBV: Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas.
No Evangelho do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, encontramos excelentes diretrizes do comportamento ideal para a vivência em sociedade, tendo o bom senso como guia de todas as horas.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com



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