Integrantes de organizações não governamentais como Rio de Paz e Instituto de Fiscalização e Controle
chegaram cedo ao Senado para entregar aos parlamentares mais de 290 mil
assinaturas de uma petição, organizada pela internet, contra a candidatura do
senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência da Casa. O grupo não pode
entrar na Casa porque até o fim da sessão o acesso estará restrito a
funcionários, pessoas credenciadas ou convidados que tenham um selo holográfico,
distribuído pela Secretaria-Geral da mesa.
A petição pede o compromisso dos senadores com a eleição de
um presidente ficha limpa. Na última sexta-feira (25), o procurador-geral da
república, Roberto Gurgel, denunciou Renan Calheiros por suposto uso de notas
ficais frias para pagar pensão alimentícia. Segundo a denúncia, o pagamento era
feito por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, à jornalista Mônica Veloso,
com quem o senador tem uma filha. O escândalo de corrupção fez com que o
parlamentar alagoano renunciasse à presidência do Senado em 2007. No Supremo
Tribunal Federal (STF), a denúncia vai ser avaliada pelo ministro Ricardo
Lewandowski, sem prazo definido
“Esperamos que os senadores do bem se posicionem como
porta-vozes do povo e protestem por um presidente ficha limpa. Vamos acompanhar
de perto e, caso contrário, no minuto seguinte (a eleição) expressaremos nosso
luto cobrindo a Esplanada [dos Ministérios] de preto. O Senado não pode ser
surdo a esta justa reivindicação do povo, com uma petição que já foi assinada
por 220 mil brasileiros”, disse Antônio Carlos Costa, fundador da Rio de Paz.
Além de Renan Calheiros o senador Pedro Taques (PDT-MT)
também disputa o comando do Senado no biênio 2013/2014.
Fonte: Agência Brasil / Blog do Alvinho Patriota
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