Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro se disse
perseguido pela imprensa
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim
Barbosa, afirmou que o Brasil não está preparado para ter um presidente negro e
voltou a negar que será candidato. As afirmações foram feitas em entrevista ao
jornal O Globo, publicada neste domingo (28).
Para o ministro, o País ainda tem bolsões de intolerância
muito fortes e não declarados que podem se insurgir de maneira violenta quando
um candidato negro se apresentar. Como exemplo, Barbosa citou recentes matérias
do jornal Folha de S.Paulo que, segundo ele, violaram sua privacidade.
Uma das matérias critica a compra de um apartamento em Miami
(EUA) por meio de uma empresa aberta para que o ministro obtivesse “benefícios
fiscais no futuro”. Segundo o jornal, o valor do imóvel é estimado entre R$ 546
mil e R$ 1 milhão. Na entrevista divulgada hoje, Barbosa rebateu a reportagem.
— O jornal se achou no direito de expor a compra de um
imóvel modesto nos Estados Unidos. Tirei dinheiro da minha conta bancária,
enviei o dinheiro por meios legais, previstos na legislação, declarei a compra
no Imposto de Renda.
Uma coleção de bafões: Barbosa já xingou jornalista, brigou
com ministros e deixou Dilma no vácuo
Barbosa afirmou que se sente alvo da imprensa, que estaria
ultrapassando seus limites por medo de que ele eventualmente se torne
candidato. As últimas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2014
apontam o ministro como um nome que teria força na disputa. Para ele, isso é
resultado de manifestações espontâneas da população.
— Nunca pensei em me envolver em política. Não tenho laços
com qualquer partido político. São manifestações espontâneas da população onde
quer que eu vá. Pessoas que pedem para que eu me candidate e isso tem se
traduzido em percentual de alguma relevância em pesquisas.
O ministro lembrou, ainda, de quando foi eliminado em uma
entrevista no Itamaraty e afirmou que se trata de uma das “instituições mais
discriminatórias do Brasil”.
— Passei nas provas escritas, fui eliminado numa entrevista,
algo que existia para eliminar indesejados. Sim, fui discriminado, mas me
prestaram um favor. Todos os diplomatas gostariam de estar na posição que eu
estou.
Fonte: Portal R7
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