É a primeira vez desde o acidente em 2011, provocado pelo
terremoto seguido de tsunami, que a Tepco admite vazamento externo.
A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central de
Fukushima, palco de um grave acidente nuclear em 2011, admitiu ter detectado
pela primeira vez o vazamento de água radioativa dos porões da usina ao mar.
"Queremos oferecer nossas mais sinceras desculpas.
Fizemos todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da usina",
detalhou um porta-voz da companhia, em declarações publicadas nesta terça-feira
(data local) pelo jornal "Nikkei".
Apesar de seu anúncio, a Tepco considera que a quantidade de
água radioativa despejada no mar é muito limitada e ocorreu na zona do porto
situado frente às unidades da central, isolada do mar aberto.
Neste sentido, a elétrica não espera que a detecção desta
água contaminada no mar provoque um impacto significativo para o meio ambiente.
A Tepco começou a suspeitar da possibilidade que estivesse
vazando água radioativa ao mar após detectar líquido contaminado nos poços de
observação situados entre as unidades nucleares e o porto da central com até 9
mil becquereles por litro de césio-134 e 18 mil becquereles por litro de césio-137.
Nesta linha, no início do mês, a Autoridade de Regulação
Nuclear do Japão já anunciava sua "firme suspeita" que a água
radioativa concentrada nos porões da acidentada usina nuclear estava vazando ao
solo e ao mar.
Atualmente, a principal preocupação nos trabalhos para
desmantelar a usina é o acúmulo de água contaminada no subsolo dos edifícios
que abrigam os reatores nucleares, líquido que aumenta diariamente pelo
vazamento de água subterrânea proveniente das zonas contíguas.
Para isolá-lo, a elétrica conta dentro do complexo nuclear
com cerca de mil contêineres nos quais armazena este água radioativa, parte da
qual utiliza, uma vez retirada o sal e as partículas radioativas, para esfriar
os reatores
Após o acidente nuclear de Fukushima em 2011, o pior desde
Chernobyl em 1986, cerca de 3,5 mil trabalhadores lutam diariamente na central
japonesa para dar por concluída a crise atômica, um trabalho que pode se
prolongar durante os próximos 30 ou 40 anos.
Fonte: www.terra.com.br/
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