Cidade do Vaticano, 21 jul (EFE).- O papa Francisco partirá
nesta segunda-feira (22) para o Rio de Janeiro, sua primeira viagem
internacional e justamente para o seu continente de origem, onde participará da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que deverá ser acompanhada por mais de 2
milhões de jovens de todo o mundo.
A visita acontece em meio aos protestos sociais que estão
ocorrendo no Brasil nas últimas semanas, mas que não influenciaram na
programação da viagem –que Francisco realiza com “serenidade e confiança”,
segundo o Vaticano.
“Temos total confiança na capacidade das autoridades
brasileiras de lidar com a situação”, disse o porta-voz do Vaticano, Federico
Lombardi.
O porta-voz disse que tanto o papa como o Vaticano têm
consciência dos protestos, mas sabem que as manifestações não têm nada de
específico contra o pontífice ou a Igreja.
Hoje, o papa afirmou que o evento será a “semana da
juventude”. Diante de milhares de pessoas reunidas na praça São Pedro, no
Vaticano, para assistir à oração do Ângelus, Francisco pediu que os fiéis
“acompanhem espiritualmente com preces” sua viagem ao Brasil.
O papa afirmou que no Rio haverá tantos jovens de todo o
mundo que a JMJ, na realidade, é a “semana mundial da juventude”. O pontífice
encorajou os jovens a perguntarem a Jesus o “que têm que fazer com suas vidas,
o que quer deles e qual é o caminho que devem tomar”.
Francisco pediu também a intercessão de Maria, “tão amada e
venerada” no Brasil, para esta “nova etapa da grande peregrinação de jovens
pelo mundo”. O papa visitará a Basílica de Nossa Senhora, na cidade de
Aparecida, em São Paulo, no dia 24 de julho.
Nos últimos dias, o papa fez diversos comentários sobre a
JMJ. Ontem, o papa foi do Vaticano para a Basílica de Santa Maria Maggiore de
Roma para pedir à Virgem proteção em sua primeira viagem internacional. Diante
da imagem de Nossa Senhora, o pontífice rezou por mais de meia hora, fez uma
oferenda de flores e acendeu um círio com o emblema da JMJ.
Em 19 de julho, Francisco visitou o papa emérito Bento 16
para pedir que ele o acompanhe com suas preces durante a JMJ, convocada por
Joseph Ratzinger ao final da jornada realizada em Madri, em agosto de 2011
Esta é a primeira Jornada Mundial da Juventude, criada por
João Paulo 2º em 1984, liderada por Francisco, que a “herda” de Bento XVI, que
renunciou ao pontificado.
Esta é a segunda viagem de Mario Jorge Bergoglio desde que
se tornou papa. A primeira foi a visita à ilha italiana de Lampedusa, em 8 de
julho, onde se reuniu com imigrantes ilegais.
Francisco partirá de Roma acompanhado de seu
“primeiro-ministro”, o secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, e do
Substituto da Secretária de Estado (número três do Vaticano), o arcebispo
Giovanni Angelo Becciu.
Além disso, viajarão com o papa os cardeais Marc Oullet,
presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, e o brasileiro João
Braz de Aviz, prefeito regional da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada.
Durante sua estadia, o papa não usará o papamóvel blindado,
mas o jipe que costuma utilizar todas as quartas-feiras na audiência pública
realizada neste dia na praça São Pedro.
Entre os lugares que serão visitados pelo papa no Rio estão
um hospital para jovens indigentes, dependentes químicos e alcoólatras e a
comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, que até o final do ano
passado era controlado pelo tráfico de drogas.
O local tem cerca de 2.000 habitantes e o papa deverá
caminhar pela favela, entrar em uma casa e saudar seus moradores, e depois se
reunir com a comunidade em um campo de futebol.
Mario Jorge Bergoglio não é o primeiro papa que visita uma
favela na cidade, pois João Paulo 2º também visitou uma comunidade no Rio.
Francisco é o terceiro papa que visita o Brasil. João Paulo
2º veio quatro vezes ao país e Bento 16, uma.
Um total de 14 mil policiais cuidarão da segurança da JMJ,
evento que contará com a presença de 6.000 jornalistas de todo o mundo.
Além disso, o evento terá a participação de mil bispos e 250
deles realizarão catequeses com jovens, realizadas em 300 lugares diferentes do
Rio de Janeiro. Delas, 133 serão em português, 50 em espanhol, 25 em inglês, 15
em italiano e em francês, oito em alemão e cinco em árabe.
A JMJ foi criada em 1984 e, desde então, ocorreu em Roma
(1985), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (Espanha, 1989);
Czestochowa (Polônia, 1991); Denver (EUA 1993), Manila (1995), Paris (1997),
Roma (2000), Toronto (Canadá, 2002), Colônia (Alemanha, 2005), Sydney (2008) e
Madri (2011).
Fonte: Uol/ Blog do
Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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