A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC)
negou o pedido de reconsideração feito pelos advogados de defesa da Telexfree
contra a medida que suspende os pagamentos e a adesão de novos investidores à
empresa de marketing multinível. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (8) sob
o olhar atento de divulgadores de diversas partes do país que vieram ao Acre
para acompanhar o julgamento.
A decisão da Câmara Cível foi unânime, mas os advogados da
empresa ainda podem recorrer. “O direito é a regra do jogo e não podemos ir
contra a lei”, disse a desembargadora Waldirene Cordeiro ao dar seu voto. O
TJ-AC ainda irá aguardar o parecer do Ministério Público Estadual para julgar o
agravo de instrumento.
O advogado Djacir Falcão, que representa a Telexfree,
confirmou que a empresa irá entrar com recurso. Ele disse ainda que a Telexfree
está passando por uma ‘situação difícil’ por causa do bloqueios mas não corre
risco de falência.
Entenda o Caso
A atuação da empresa em todo o país foi suspensa por decisão
da justiça acreana no dia 18 de junho, pela juíza Thais Borges. A Telexfree é
suspeita de atuar em um esquema de pirâmide financeira, ilegal no Brasil. O
desembargador Samuel Evangelista manteve a decisão ao indeferir o pedido de
revisão de sentença, apresentado pelos advogados da empresa.
Desde então diversas manifestações foram realizadas em Rio
Branco e em outras cidades do Brasil. Uma comitiva formada por divulgadores de
São Paulo, Rio de Janeiro,Bahia, Rondônia, Mato Grosso, Ceará,Espírito Santo,
Paraná, Rio Grande do Sul,Minas Gerais e Santa Catarina reuniu-se no dia 1 de
julho na capital acreana para acompanhar o caso.
Na terça-feira (2) a ministra Isabel Gallotti, do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), manteve suspensas as operações da Telexfree. O
tribunal não chegou a analisar o recurso da empresa Ympactus Comercial Ltda,
operadora da Telexfree, por entender que ainda havia pendências para serem
analisadas pelo Tribunal de Justiça do Acre.
Já no dia 4 de julho as promotorias de Defesa do Consumidor,
de Defesa dos Direitos Humanos e do Grupo de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), do Ministério Público do Acre
(MP-AC), ajuizaram ação que propõe, entre outros pontos, o ressarcimento dos
divulgadores da Telexfree por parte da empresa.
Por fim, no dia 6 de julho, a juíza Thaís Borges determinou
o desbloqueio das contas bancárias de duas empresas Wolrdschanger Intermediação
de Negócios LTDA e Simternet Tecnologia da Comunicação LTDA, que fazem parte do
grupo Telexfree. No entendimento da magistrada as contas das empresas não fazem
parte do processo em curso.
Fonte: G1/ Blog do Alvinho Patriota.
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