Paiva Netto
Temos uma boa notícia para comemorar este ano no Dia da
Criança, 12 de outubro. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) comunicou
que, entre 2000 e 2013, foram reduzidos em um terço os casos de trabalho
infantil no mundo. O número de crianças e adolescentes (de 5 a 17 anos) que
trabalham caiu de 246 milhões para 168 milhões.
Ao abrir oficialmente a 3ª. Conferência Global sobre
Trabalho Infantil, que ocorreu em Brasília/DF, de 8 a 10 de outubro, a
presidenta Dilma Rousseff informou que o Brasil reduziu, entre 2000 e 2012, em
67% o número de crianças envolvidas em trabalho infantil, um ritmo superior ao
da média mundial de 36%.
Naturalmente, muito resta por se fazer no que diz respeito à
proteção dos pequeninos e em diversas outras frentes de luta pela melhoria das
condições de vida das criaturas humanas.
Na revista “Globalização do Amor Fraterno”, que enviamos à
ONU em 2007, apresentei, no meu artigo “Oito Objetivos do Milênio”, trechos de
uma entrevista que concedi ao jornalista Paulo Parisi, em 1981. Comento que
nunca como agora se fez tão indispensável unir os esforços de ecologistas e
seus detratores, assim como trabalhadores, empresários, economistas, o pessoal
da imprensa (escrita, falada e televisionada, e, agora, eu incluo a internet),
sindicalistas, políticos, militares, advogados, cientistas, céticos, ateus,
religiosos, filósofos, sociólogos, antropólogos, artistas, esportistas,
professores, médicos, estudantes ou não (bem que gostaríamos que todos os
jovens, as crianças, e os idosos também, por que não?!, se encontrassem nos
bancos escolares), donas de casa, chefes de família, barbeiros, manicures,
taxistas, varredores de rua e demais segmentos da sociedade, na luta contra a
fome e pela conservação da Vida no planeta. O assunto tornou-se dramático, e
suas perspectivas, trágicas. Pelos mesmos motivos, urge o fortalecimento de um
ecumenismo que supere barreiras, aplaque ódios, promova a troca de experiências
que instiguem a criatividade mundial, corroborando o valor da cooperação
sócio-humanitária das parcerias, como, por exemplo, nas cooperativas populares
em que as mulheres tenham forte desempenho, destacado o fato de que são
frontalmente contra o desperdício. Há realmente muito que aprender uns com os
outros. O roteiro diverso comprovadamente é o da violência, da brutalidade, das
guerras, que invadem lares por todo o orbe. Alziro Zarur (1914-1979) enfatizava
que as batalhas pelo Bem exigem denodo. Simone de Beauvoir (1908-1986),
escritora, filósofa e feminista francesa, acertou ao afirmar: “Todo êxito
envolve uma abdicação”.
Resumindo: cada vez que suplantarmos arrogância e
preconceito, existirá sempre o que absorver de justo e bom dos componentes
desta ampla “Arca de Noé”, que é o mundo globalizado de hoje. Daí preconizarmos
a união de todos pelo bem de todos, porquanto compartilhamos uma única morada,
a Terra. (...)
ASSOCIAÇÃO PAULISTA
DE IMPRENSA
Ocorreu na terça-feira (8/10), no Plenário Ulysses Guimarães
da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, uma homenagem aos 80 anos da
Associação Paulista de Imprensa (API).
A sessão solene, convocada pelo presidente da Câmara Federal,
deputado Henrique Eduardo Alves, atendeu a requerimento proposto pelo deputado
Arnaldo Faria de Sá.
Com grande honra, recebi no ensejo o título honorífico
comemorativo dos 80 anos de fundação da entidade. Grato ao dr. Sérgio de
Azevedo Redó, presidente da API, aos seus diretores e conselheiros por essa
distinção.
PADRE FÁBIO DE MELO
“Onde houver um ser humano realizado, nele Deus estará
revelado. Queiramos isso. Sempre. Até o fim. O fim que nunca tem fim.” Essa
clara consciência do propósito da vida está na mais recente obra do padre Fábio
de Mello, “Quem me roubou de mim?”. Agradeço-lhe a generosa dedicatória que me
enviou em um exemplar: “Ao grande Paiva Netto, permaneçamos unidos! Com
carinho, Fábio de Melo”.
José de
Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
— www.boavontade.com
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