As organizações que compõem a Articulação em Defesa do Rio
Pajeú irão se reunir na próxima quinta-feira, 31, em Afogados da Ingazeira,
Sertão do Pajeú com representantes da Promotoria Pública local para uma roda de
diálogo acerca dos principais impactos sofridos pelo Rio Pajeú e seus
afluentes. Os índices identificados após uma caravana ao longo do rio, entre os
municípios de Afogados da Ingazeira e Brejinho, realizada durante a XII Semana
do Meio Ambiente (SEMEIA). O encontro será no auditório da Secretaria de
Educação, das 14 às 17h.
Para Genival Barros, professor de agronomia da Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST),
a bacia do Rio Pajeú é rica em produção de água, mas precisa urgentemente de um
processo de recuperação para voltar as suas atividades e garantir o futuro das
novas gerações.
“Essa caravana reforça nossa preocupação quanto à ocupação e
uso do solo na área da bacia do Pajeú, que sempre foi rica em produção de água
e agora enfrenta dificuldades, não pela falta de chuvas, que são suficientes
para nos dá água em abundância, mas pela destruição da vegetação nativa em suas
margens, que garantia no passado a vida do rio e seus afluentes”, alerta
Barros.
Responsável pela construção do relatório técnico com os
principais impactos sobre o rio, que será entregue à Promotoria amanhã, o
professor Genival falou ainda sobre a que está em processo de construção, no
município de Ingazeira. “Para uma bacia
de rio intermitente como o Pajeú, o barramento não é a solução, pois forma
apenas um espelho d’água e seca como os demais, como aconteceu nos últimos
anos. Mas, como a barragem é uma realidade, temos que buscar meios de minimizar
os seus impactos, tanto ao solo quanto à fauna e flora do local, além das
famílias desapropriadas”, explicou.
Na oportunidade, serão solicitados ao Ministério
Público Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) para a ocupação indevida das
margens e leito do Rio Pajeú e Barragem de Brotas, currais de gado, retirada
ilegal de areia do leito do rio, além de um estudo de impactos ambientais.
Fonte: nilljunior.com.br
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