O ciclo da agroecologia é seguido a risca no quintal da
agricultora Jacylene Menezes, de 45 anos. Mãe de três filhos, cuidadora oficial
do sítio, amanhece o dia olhando os pés de pinheiros, laranjeiras, bananeiras,
e todas as suas frutas e hortaliças. Da comunidade de Lagoa do Almeida, no
município de Santa Cruz da Baixa Verde, ela mantêm a diversidade da plantação,
com uma cisterna que guarda a água nesse período de estiagem. Para as
sertanejas, aprender a conviver com o semiárido é manter viva a história e a
resistência de suas famílias.
A Jacylene é uma das agricultoras do Projeto Mulheres na
Caatinga que refloresta o bioma com plantas nativas, contribuindo para o meio
ambiente e no combate à desertificação. Em harmonia com a vegetação, cria
pequenos animais, como ovelha, galinha e
porco. E é com a produção agroecológica do seu quintal que se alimenta e a
todos de sua família.
Além da experiência de reflorestar, também utiliza o fogão
agroecológico para o cozimento de seu alimento. “Esse fogão é bom demais.
Sempre que tem lenha seca da caatinga eu cozinho nele. Economiza e ninguém vê
fumaça. Depois que eu ganhei, diminuiu muito meu consumo de gás. Um bujão dura
muito mais do que antes.”, revela. O Projeto Mulheres da Caatinga, executado
pela Casa da Mulher do Nordeste, patrocinado pela Petrobras, por meio do
Programa Petrobras Socioambiental mobilizou 210 mulheres agricultoras que vivem
no Território do Pajeú para intervirem na recuperação de áreas degradadas da
vegetação da Caatinga, e produziu e plantou cerca de 46 mil mudas do bioma.
Fonte: nilljunior.com.br
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