Internado no Hospital Unimed III, na Ilha do Leite, área
central do Recife, desde o dia 29 de fevereiro para tratar de um câncer de
pulmão que foi anunciado pelo Facebook no dia 29 de agosto de 2015, por um
amigo do artista, Naná Vasconcelos não resistiu e veio a falecer nesta
quarta-feira (9), às 7h39, depois de ter sido transferido da UTI para o quarto
na segunda-feira, dia 7 de março.
Naná não havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva por
causa de uma possível melhora – como torciam seus amigos e fãs – mas, sim, para
ficar mais próximo de seus familiares e em tempo integral (as visitas na UTI
eram feitas apenas duas vezes ao dia). O estado de saúde de Naná, segundo
boletim divulgado pelos médicos na ocasião, “inspirava cuidados”, em
consequência de uma infecção respiratória, arritmia cardíaca e aumento do
tumor.
“Estou doente e, quando descobri o câncer, pensei, seu eu
tiver que ir, eu vou, se eu tiver que ficar, eu fico. Eu estou ficando com a
mente cheia de vida, e o coração cheio de músicas e mantras. Ao meu redor, uma
miscigenação de pessoas orando por mim. Eu só tenho que dizer a vocês, amém,
amém e amém”.
Foi assim que Naná Vasconcelos se dirigiu ao público antes
do concerto que realizou com o celista Lui Coimbra, no Candyall Guetho Square,
em Salvador. A dupla era a principal e última atração da sexta, 27 de fevereiro
– dois dias antes da internação que culminaria com sua morte – no Nalata –
Festival Internacional de Percussão, que aconteceu no bairro do Candeal, com
curadoria de Carlinhos Brown. Naná, no entanto, pediu a Brown para antecipar o
show, estava bastante debilitado, mas suportou as quase duas horas da
apresentação.
Fonte: nilljunior.com.br
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