Neste sábado (29), cerca de 100 pessoas estiveram na
Barragem de Mãe D’Água, preocupados com o abastecimento, moradores,
comerciantes, representantes da Compesa, secretários municipais e políticos
foram ao local e constataram que a água está sendo retirada de forma ilegal e
indiscriminada.
Ao observarem o local foram constatadas tubulações
clandestinas que não eram da Compesa nem do Exército, também escutaram relatos
de moradores da localidade que caminhões pipa e bombas não cadastradas pelo
Exército retiravam água de forma ilegal para cidades da Paraíba. Foi retirado pelos
moradores um sifão que era ligado diretamente a parede da barragem e que de
forma irregular retirava água sem autorização.
Entenda os fatos
A barragem construída nos anos 90 pelo então governador
Carlos Wilson foi revitalizada no governo de Miguel Arraes, quando o Diretor da
Emater era o Geólogo Gilberto Rodrigues. Com o colapso da Barragem de Serraria
em 2012 o então Governador Eduardo Campos autorizou a construção de uma adutora
que ligava a Barragem de Mãe D’Água no município de Itapetim a cidade de
Brejinho, para abastecimento da população. Em 2016 com a volta das chuvas no
início do ano, a Compesa desativou o sistema Mãe D´Água, reativando após a
Barragem do Sítio Serraria entrar novamente em colapso no final de 2016.
Com medo de voltar para “a lata d’água” e ao perceberem que
á água estava sendo captada de forma irregular e em grande quantidade por
órgãos autorizados, a população se reuniu neste sábado (29) e foi reivindicar o
direito ao líquido precioso e escasso no município de Brejinho. Tendo como
justificativa o aumento no volume de grandes reservatórios mais próximos das
cidade abastecidas por Mãe D’Água na Paraíba; muitos moradores estavam indignados
pois, autoridades competentes possuíam informações que reservatórios mais
próximos das cidades abastecidas na Paraíba possuíam volume maior que Mãe D’Água,
no entanto nenhuma providência era tomada e relatos davam conta que os pipas só
vão parar quando não houver mais água no reservatório.
Segundo a Compesa se os caminhões pipa continuarem retirando
água do reservatório de forma como está sendo realizado em média 150 caminhões
por dia, a água vai acabar em dois meses, se a captação for interrompida a água
vai durar oito meses.
Para garantir a ordem e a
segurança, a Polícia Militar acompanhou toda manifestação no local.
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