Nível de produto cancerígeno em Retiro, São José do Egito,
já é três vezes acima do limite. Há preocupação também em Serra, Afogados e
Iguaracy
Um estudo da Agência Peixe Vivo em Serrinha (Serra Talhada),
Rosário (Iguaracy), Brotas (Afogados da Ingazeira) e Retiro (São José do Egito)
confirmou a presença de agrotóxicos em níveis que começam a preocupar
ambientalistas.
A se considerar a legislação vigente, a quantidade existente
ainda não é tida como prejudicial ao homem. Mas o uso sem fiscalização e o
crescimento da produção irrigada pode em breve começar a afetar a água, em
muitas cidades vital para o abastecimento humano.
Um dos exemplos é do produto chamado Glicosato, usado para
matar o mato em preparação para as lavouras. Ele é encontrado em todos os
reservatórios.
Em Retiro, entretanto, um produto chamado Carmendazin, um
fungicida para matar mofo, apareceu em um nível três vezes maior que o
permitido. Esse produto é perigoso para a saúde. Pode provocar doenças
hepáticas, infertilidade masculina e câncer.
Ambientalistas ligados a ONGs como a Diaconia estão
alertando órgãos como a Gerência Regional de Saúde, que prometeu fazer uma
visita, coletar água e realizar a chamada contraprova. Confirmando os índices
elevados, a Vigilância Sanitária Estadual deve tomar alguma providência.
“A Gerência Regional encaminhou para a Secretaria Estadual
de Saúde que acionou a Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária, de
Vigilância Ambiental e coordenadora estadual da Vigilância de População Exposta
a Produtos Químicos”, diz Adilson Silva, da ONG Diaconia.
Nos próximos dias deverão fazer uma visita à comunidade e
haverá uma reunião com representantes para cuidar do tema.
Foi também criada uma Comissão no Conselho de
Desenvolvimento Sustentável do município que está também acompanhando o
processo. Ainda fazem parte do debate o STR, comunidade e Vigilância Municipal.
Fonte: Blog do Nill Júnior
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