O impacto de não incluir os Municípios na Reforma da
Previdência – em números – foi mostrado pelo Valor Econômico, por meio da
matéria Ficar fora da reforma custa R$ 170 bi em 10 anos a cidades. O texto foi
publicado nesta terça-feira, 30 de julho, e destaca atuação da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM) e da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para
reincluir os Municípios na reforma durante tramitação no Senado Federal.
De acordo com os números, mais de 2 mil prefeituras com
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) terão economia com aposentadoria e
pensões. Em quatro anos, a redução será de R$ 41 bilhões. O texto ainda
destacou a informação da CNM, de que um Município que tenha déficit atuarial de
R$ 100 milhões reduzirá o rombo para R$ 26 milhões. A avaliação é de que a
alíquota suplementar cairá bastante e, em alguns lugares, poderia ser extinta.
Em outros casos, o Município poderá reduzir a alíquota ordinária.
Entre as prefeituras mais afetadas, estão São Paulo, com
redução na despesa previdenciária de R$ 20,5 bilhões em dez anos; Rio de
Janeiro, com R$ 13,15 bilhões; Curitiba, com R$ 5,29 bilhões; Fortaleza, com R$
3,85 bilhões; e Belo Horizonte, com R$ 3,66 bilhões. “Os dados repassados pela
Secretaria Especial de Previdência Social e pela CNM consideram a proposta
original de reforma, encaminhada pelo governo ao Congresso em fevereiro”, diz a
matéria.
“Os prefeitos terão dificuldades de aprovar mudanças nas
regras previdenciárias, principalmente, com a proximidade das eleições municipais”,
disse o presidente da CNM, Glademir Aroldi, ao jornal. Para Aroldi, a economia
que as prefeituras teriam com as mudanças na Previdência poderia viabilizar
investimentos em áreas essenciais como saúde e educação.
De hoje
Servidores municipais terão demissão automática com
aposentadoria foi o título de matéria publicada nesta quarta-feira, 31 de
julho, pelo jornal sobre o mesmo assunto. Além do fim do vínculo empregatício
com a aposentadoria, a proposta de reforma veda a criação de novos regimes próprios
de Previdência, o que é criticado por Aroldi ao jornal. Para ele, a medida pode
ser questionada judicialmente pelos Municípios, pois considera que a proposta
da forma com que foi aprovada em primeiro turno interfere na autonomia do Poder
local.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do Valor
Fonte: www.amupe.org
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