O secretário executivo do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio
Elias Rosa, recebeu nesta segunda-feira (17) uma delegação de professores e
cientistas da Universidade Agrícola da China para conhecer soluções
tecnológicas de ponta votadas à agricultura familiar, com destaque para
máquinas de pequeno porte e usinas de fabricação de fertilizantes a partir
bioinsumos.
Pelo MDIC, também participaram a
diretora do Departamento do Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média
Complexidade, Margarete Gandini, e a secretária-executiva do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Verena Hitner. O encontro contou ainda
com duas representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e com
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), entre eles o
dirigente João Pedro Stédile.
A convite da Associação
Internacional para Cooperação Popular (Baobab), a delegação acadêmica percorreu
alguns estados do país oferecendo apoio tecnológico para suprir as necessidades
de agricultores familiares. Depois de 10 dias de intercâmbio, segundo a Associação,
foram fechadas algumas parcerias com governos locais.
Uma delas, em São Leopoldo (RS),
poderá resultar na implantação de uma fábrica de fertilizantes capaz de
produzir 20 toneladas de adubo por dia, a partir de lixo orgânico. Outra,
envolve testes com 31 máquinas chinesas em solo brasileiro, a fim de definir
quais seriam as mais adaptáveis à nossa agricultura.
Durante o encontro, Stédile pediu
apoio do MDIC para articular uma política de aquisição dessas máquinas e de
construção de usinas de compostagem em nível nacional, bem como apoio técnico a
governos locais para estudos de viabilidade tecnológica e econômica.
Ao final da reunião, o secretário
Márcio Elias destacou que a pauta é prioritária para o governo brasileiro, e
que está entre as diretrizes do Programa Mais Alimentos, lançado recentemente
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa tem o MDIC e o MDA
(Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) como
coordenadores.
“Queremos trabalhar juntos,
identificando cidades, fábricas e cooperativas que se interessem pelo projeto,
acompanhar os testes, para sensibilizarmos os que vão realizar os
investimentos”, afirmou, destacando ainda a importância de que a parceria
envolva transferência de tecnologia. O secretário lembrou que conversações como
a de hoje são a continuidade de um trabalho que começou com a visita do
presidente Lula à China, em abril.
“Temos um termo de cooperação que permite que façamos mais investimentos para aumentar a produção da agricultura familiar no Brasil e sobretudo modernizar nosso parque industrial”, disse Márcio Elias. “A agricultura familiar depende de máquinas e equipamentos agrícolas que não são mais fabricados na intensidade e na quantidade que o Brasil necessita”.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
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