Paiva Netto
Londres, a milenária capital da Inglaterra e do Reino Unido,
sedia, desde 27 de julho, sua terceira Olimpíada. Estamos na 30ª edição da era
moderna desta que é uma das mais fascinantes competições esportivas. É
excelente oportunidade para o melhor dos exercícios: o da Paz entre as nações.
Dois fatos assinalaram a história dos Jogos na pátria de
Isaac Newton (1643-1727). Em 1908, no fim da prova da maratona — a primeira a
ser disputada com a distância de 42.195 metros —, o italiano Dorando Pietri
(1885-1942), que se encontrava na liderança, ao adentrar o Estádio White City,
visivelmente esgotado, só conseguiu ultrapassar a linha de chegada com a ajuda
de dois oficiais. Esse ato de solidariedade o desclassificou, ficando a medalha
de ouro com o americano Johnny Haves (1886-1965). Entretanto, no dia seguinte,
o esforço de Pietri e o gesto dos oficiais foram reconhecidos pela Rainha
Alexandra (1884-1925). Um troféu foi concedido ao corredor italiano. E, em
1948, a holandesa Fanny Blankers-Koen (1918-2004) entrou para o hall dos
supercampeões ao conquistar quatro das cinco medalhas de ouro para seu país.
Com 30 anos e mãe de duas crianças, ela, que competia no atletismo, ganhou a
alcunha de “a dona de casa voadora”.
DE VOLTA PARA O PRESENTE
Até o dia 12 de agosto, mais de 10 mil atletas de centenas
de países protagonizarão as Olimpíadas 2012. Como Londres é a anfitriã deste
ano, todos eles, heróis de carne e osso, buscarão triunfar também imantados
pela magia vitoriosa do popular agente fictício James Bond. Aos que porventura
queiram estragar a festa — por exemplo, com o lamentável doping —, é bom que
desistam de praticar reprováveis atos. O Comitê Olímpico Inglês promete rigidez
e controle comparados à astúcia e habilidade de outro célebre personagem
londrino, Sherlock Holmes, para desvendar os mais intrincados mistérios.
CURIOSIDADES
A primeira Olimpíada com participação do Brasil ocorreu em
Antuérpia, na Bélgica, em 1920. De lá para cá, foram 91 medalhas: 20 de ouro,
25 de prata e 46 de bronze. O iatismo puxa a fila, com seis delas.
A delegação brasileira em Londres é composta de 259 atletas,
18 a menos do que a enviada a Pequim, na China. Apesar da redução, é grande a
expectativa do Comitê Olímpico Brasileiro de que seja ultrapassada a marca de
medalhas conquistadas na capital chinesa: 15, ao todo.
Fica aqui a torcida de todos nós, na certeza de que honrar
as cores de nosso país vai além de subir ao pódio. Revela-se, antes de tudo,
respeito a um povo que não foge da luta, que tem conseguido superar-se nas
olimpíadas da vida diária.
80 ANOS DE AUDÁLIO DANTAS
Os 80 anos do jornalista e escritor Audálio Dantas, em 8 de
julho, foram comemorados com o lançamento, no dia 17 deste mês, em São
Paulo/SP, de seu livro “Tempo de reportagem — Histórias que marcaram época no
jornalismo brasileiro”.
Conforme está na descrição da obra, “Audálio, grande
repórter, volta à juventude para refletir sobre o seu legado e ajudar as novas
gerações de jornalistas e de leitores a pensar sobre a enorme tarefa de contar
a história cotidiana de sua época”.
Ganhador do Prêmio de Defesa dos Direitos Humanos da ONU, em
1981, ele foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado
de São Paulo (SJSP), presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e
vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Atualmente, é
conselheiro da União Brasileira de Escritores (UBE) e do Instituto Vladimir
Herzog.
Com muita honra, tenho comigo esse seu mais novo trabalho,
com uma cordial dedicatória: “Para José de Paiva Netto, com admiração pelo
trabalho de unir pessoas. Grande abraço, Audálio Dantas”.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
— www.boavontade.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.