Eita,Nordeste
da peste,
Mesmo com
toda sêca
Abandono e
solidão,
Talvez pouca
gente perceba
Que teu mapa
aproximado
Tem forma de
coração.
E se dizem
que temos pobreza
E atribuem à
natureza,
Contra
isso,eu digo não.
Na verdade
temos fartura
Do petróleo
ao algodão.
Isso prova
que temos riqueza
Embaixo e em
cima do chão.
Procure por
aí a fora
"Cabra"
que acorda antes da aurora
E da enxada
lança mão.
Procure
mulher com dez filhos
Que quando a
palma não alimenta
Bebem leite
de jumenta
E nenhum dá
pra ladrão
Procure por
aí a fora
Quem melhor
que a gente canta,
Quem melhor
que a gente dança
Xote,xaxado
e baião.
Procure no
mundo uma cidade
Com a beleza
e a claridade
Do luar do
meu sertão.
Autor: Luiz
Gonzaga de Moura
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