Paiva Netto
Evidenciar o respeito às diferentes etnias pavimenta a
vivência pacífica entre seres humanos e nações. Há poucos dias, a Boa Vontade
TV (canal 23 da SKY) abordou, no programa “Sociedade Solidária”, o Estatuto da
Igualdade Racial, instituído pelo governo do Brasil em 20/7/2010. Uma
entrevista com o dr. Marco Antonio Zito Alvarenga, advogado criminalista e
presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do
Estado de São Paulo (CPDCN), trouxe-nos especial contribuição.
Da sua palavra, este trecho esclarecedor: “O Estatuto da
Igualdade Racial, na verdade, não tem uma efetividade do poder de punir. Ele
define o que é racismo, define políticas públicas, define o que deve ser feito
no sentido da diminuição do fosso entre negros e brancos, indígenas... O que
deve ser aplicado legalmente para a punição é a Constituição Federal primeiro,
que prevê o crime de racismo como inafiançável e que não prescreve. Depois, a
Lei 7.716/89, que prevê pena de um a cinco anos para racismo; e mais ainda o
artigo 140, parágrafo 3o do Código Penal, que prevê o tipo penal definido como
injúria racial. Então, esses são os instrumentos legais. Agora, não basta só
isso”.
Atentemos, pois, para a prática que o dr. Marco Antonio
aponta. A observância legal enriquece nossa cultura e, por consequência,
valoriza todas as etnias que formam a sociedade brasileira: “Sou um apaixonado
pelo Direito Penal, mas acho que o racismo tem que ser banido não através da
punição, mas também pela educação. E pela educação é que vamos visibilizar a
importância do povo negro na construção deste país. E para que isso ocorra, há
que se aplicar a Lei 10.639/03. Que lei é essa? É a lei que prevê a aplicação,
ou seja, o aprendizado da história da população negra ou do afro desde sua
origem. E a importância disso não é só para os negros, é também para os não
negros, que assim terão uma visão diferenciada da nossa participação na
construção deste país”.
A experiência do dr. Marco Antonio Zito Alvarenga na
militância pela justa causa da igualdade racial merece ser levada em
consideração.
DALCIDES BISCALQUIN LANÇA LIVRO E CD
Todos temos algo de bom a oferecer ao mundo. Observamos isso
no livro “Por onde o amor me leva” e no CD “Alma & Coração” que o escritor,
jornalista e cantor Dalcides Biscalquin lançou recentemente. Falando à Super
Rede Boa Vontade de Comunicação, ele comentou: “Quando escrevi ‘Por onde o amor
me leva’, eu pensava em ajudar aquelas pessoas que estão mais necessitadas,
sozinhas, que passam por um período difícil. É isso que quero com esse livro”.
Agradeço seu estímulo aos Legionários da LBV: “Parabéns pelo
trabalho de vocês! E que bom, nesse momento, a gente estar junto como
parceiros, porque nosso objetivo é o mesmo. Minha mãe me dizia que queria
sempre ajudar as obras que vocês têm, de Boa Vontade, e ela sempre ajudou.
Hoje, olho o trabalho de vocês e digo: ‘Que bom que Deus fala ao mundo por
vocês’”.
Grato ainda ao estimado Dalcides pelas mensagens que me
enviou em seu livro e CD, respectivamente: “Sempre olho para a LBV como um
sinal de que Deus acredita na Humanidade! Com amor e paz”; e “Paiva Netto,
sempre admiro seu trabalho. Você e sua obra são sinais do Amor de Deus”.
A generosa Alma do autor está bem descrita pela jornalista
Mariana Godoy, no prefácio do livro: “A experiência acadêmica vivida por
Dalcides lhe deu a certeza de que seu trabalho nesta vida é ajudar o próximo a
compreender o que ele compreende: o poder do amor”.
José de
Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
— www.boavontade.com
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