05/04/2013

PAPA PRETENDE AGIR “COM DECISÃO” CONTRA ABUSOS, COMO BENTO XVI


O papa Francisco pretende agir “com decisão” contra os casos de abusos sexuais na Igreja Católica, seguindo a mesma linha de seu antecessor, Bento XVI, informou nesta sexta-feira a Santa Sé em comunicado.

O papa argentino, que foi eleito em conclave em 13 de março, expressou a vontade durante a primeira audiência realizada no Vaticano desde que assumiu o pontificado com Gerhard Ludwig Muller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

“O santo padre pediu particularmente à Congregação para que, seguindo a linha instaurada por Bento XVI, aja com decisão no que diz respeito aos casos de abusos sexuais”, diz o comunicado.

Isso – prossegue – inclui atuar “promovendo em primeiro lugar as medidas de proteção dos menores de idade, a ajuda para os que sofreram tal violência no passado, os procedimentos devidos para os culpados, o compromisso das Conferências Episcopais na formulação e execução das direções necessárias nesse terreno tão importante para o testemunho da Igreja e sua credibilidade”.

Francisco afirmou, além disso, que “em minha atenção e em minha reza por aqueles que sofrem, as vítimas de abusos estão presentes de modo particular”.

Em 5 de fevereiro, a Congregação para a Doutrina da Fé informou que nos últimos três anos chegaram ao Vaticano 1.800 denúncias de casos de abusos sexuais a menores por parte de clérigos e que a maioria deles ocorreram entre 1965 e 1985.

O maior número de denúncias aconteceu em 2004, quando chegaram 800 ao dicastério vaticano, encarregado desse tipo de crime e que enviou em 2011 a todas as Conferências Episcopais um guia para enfrentar, de maneira “coordenada e eficaz”, os casos de padres pedófilos.

Em 2010, por ordem de Bento XVI, foi atualizado o documento vaticano De delicta graviora, de 2001, sobre os crimes mais graves contra a moral e os sacramentos, dentro da linha de “tolerância zero” contra os abusos do papa anterior, que renunciou ao pontificado em 28 de fevereiro.

Com a atualização, houve uma reviravolta na luta contra os padres pedófilos, sendo aprovadas leis entre as quais se destaca a ampliação de 10 para 20 anos para denunciar os abusos e a introdução do crime de aquisição, posse e divulgação de pornografia infantil.

Fonte: Agência EFE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário.

Postagens mais visitadas

COLABORADORES

Clique no link abaixo.