A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (17)
que o governo deve ter “humildade” para reconhecer que a luta por mais direitos
– como as manifestações populares que se alastraram pelo país em junho – “honra
nosso país”. Ela falou sobre os cinco pactos propostos como resposta aos
protestos durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Dilma disse que o governo não pode ficar “indiferente” aos
protestos. “[Devemos] ter humildade de reconhecer que lutar por mais direitos é
algo que só honra nosso país”. A “grande questão” colocada pelas ruas, de
acordo com ela, é por mais direitos sociais, valores éticos e maior
representatividade.
“É meu dever como governante deste país, que tem o mérito de
ser um grande país democrático, traduzir essas demandas e a energia dos
manifestantes em ações práticas do governo”, afirmou.
Dilma detalhou os cinco pactos – saúde, educação, reforma
política, responsabilidade fiscal e mobilidade urbana. Sobre reforma política,
Dilma disse que a consulta popular é “imprescindível”. O Planalto enviou uma
proposta de plebiscito para o Congresso Nacional e sugeriu cinco temas para
serem abordados. Os parlamentares instalaram nesta semana uma comissão que terá
três meses para apresentar propostas de modificação nas regras políticas e
eleitorais.
Dilma disse que “tornar a política mais transparente” é uma
das respostar “mais evidentes” que o governo pode dar à população neste
momento. Os manifestantes, segundo ela, não pediram explicitamente por um
plebiscito, mas o governo soube interpretar o que as “vozes das ruas” disseram.
“Era cobrado mais ética, mas democracia, mais oportunidade de ser ouvido”,
declarou a presidente.
A respeito de educação, Dilma voltou a defender o uso dos
royalties e do fundo social do petróleo para a educação. Ela falou sobre a
proposta em tramitação no Congresso Nacional de destinar 10% do Produto Interno
Bruto para a educação. “Não tem milagre, e aí é necessário recursos. Não ter
populismo fiscal é dizer, sim 10% do PIB pra educação, mas vem de onde? Dos
recursos dos royalties e do fundo social”, declarou.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.