Após horas de manifestações pacíficas, teve início confronto
entre populares e policiais militares
Duas manifestações complicavam o trânsito na zona sul do Rio
desde o fim da tarde. A primeira ocorria perto da residência do governador
Sérgio Cabral (PMDB), na esquina da avenida Delfim Moreira com a rua Aristides Espínola,
no Leblon. Na outra, moradores da Rocinha, na Gávea, protestavam por causa do
desaparecimento de um morador da comunidade. O grupo formado por cerca de 100
manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, chegou a fechar a autoestrada
Lagoa-Barra por alguns minutos.
Depois, eles seguiram em passeata até o Leblon, onde se
juntaram ao grupo que estava nas proximidades do prédio onde mora o governador.
De acordo com a PM, cerca de 700 pessoas estavam no local de forma pacífica. O
trânsito ficou complicado para quem ia para a Barra da Tijuca e o Recreio dos
Bandeirantes, devido ao fechamento da avenida Delfim Moreira.
O governador Sérgio Cabral, por meio da assessoria, divulgou
nota sobre a manifestação. "A oposição busca antecipar o calendário
eleitoral criando constrangimentos à governabilidade. O governador,
legitimamente eleito por 67% dos votos no primeiro turno, nas últimas eleições,
reitera o seu compromisso de continuar a manter o Rio de Janeiro na rota do
desenvolvimento social e econômico."
Após deixarem a porta da casa de Cabral, o grupo saiu em
passeata pelas ruas do Leblon. No caminho, apedrejaram um prédio administrativo
da Rede Globo. Coquetéis molotov foram lançados e a porta do prédio foi
arrombada. Seguranças lançaram água de extintores no grupo que tentava forçar a
entrada no local. Um carro do SBT foi pichado.
Além dos danos no prédio da Globo e em um veículo do SBT,
ônibus foram pichados com a inscrição "Fora Cabral". Uma placa da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi incendiada na rua Mario Ribeiro, na
Gávea.
A polícia não acompanhava o grupo e não houve qualquer
repressão ao princípio de confusão. Por volta das 22h45, começou um confronto.
Manifestantes montavam barricada e atacavam policiais militares na rua de
Cabral e na avenida General San Martin com pedras e morteiros. A PM revidava
com bombas de gás, mas se mantinha apenas na rua de Cabral, sem avançar.
Bancos também foram depredados, na avenida Ataulfo de Paiva.
A Tropa de Choque foi chamada. Ainda não há informações de feridos.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
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