Suplente da ministra Marta Suplicy (Cultura), o senador
Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) paralisou hoje (17) a votação, na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, da proposta que determina a perda
automática do mandato de parlamentares condenados por improbidade
administrativa ou crimes contra a administração. Rodrigues é do partido do
deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP), condenado no mensalão por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.
Conhecida como "PEC dos Mensaleiros", a proposta
de emenda constitucional diz que a Mesa Diretora da Casa, a qual pertence o
condenado, deve limitar-se a declarar a extinção do mandato após a conclusão do
julgamento.
Rodrigues pediu mais tempo para analisar a proposta, o que
provocou o adiamento da votação. O autor da PEC, senador Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), disse que o senador lhe comunicou que não tinha entendido plenamente
a matéria, por isso precisava analisá-la com mais calma.
O suplente assumiu o mandato em outubro do ano passado,
pouco depois de Marta Suplicy deixar o Senado para assumir o Ministério da
Cultura. Desde então, Rodrigues vem mantendo uma atuação discreta na Casa, sem
protagonizar debates ou votações no plenário e nas comissões.
Com o pedido de vista, somente no segundo semestre a PEC voltará
à pauta da CCJ - já que a partir de amanhã o Congresso Nacional entra em
"recesso branco" e só retoma as atividades em agosto.
Jarbas apresentou a proposta motivado pelo julgamento do
mensalão no Supremo Tribunal Federal, que condenou os deputados Valdemar da
Costa Neto, José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry
(PP-MT). O julgamento ainda está na fase final de recursos, por isso os
congressistas ainda não foram declarados oficialmente culpados.
Se a proposta estivesse em vigor, a Câmara dos Deputados
teria que declarar automática a perda do mandato dos quatro congressistas após
todas as etapas do julgamento (quando a sentença estiver transitado em
julgado).
Fonte: Blog do Magno
Martins com informações do Valor.
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