Brasília - A presidenta Dilma Rousseff se reúne
segunda-feira (30) em Brasília com o presidente Horacio Cartes, para discutir
as relações comerciais entre o Brasil e o Paraguai e o retorno do país vizinho
ao Mercosul, entre outros temas. Cartes chegará à capital às 9h e será recebido
por Dilma na rampa do Palácio do Planalto às 11h. Em seguida, os dois terão
reunião no gabinete presidencial, juntamente com suas equipes. Às 12h20, os
chefes de Estado farão um pronunciamento à imprensa e, depois, almoçarão em
banquete oferecido a Cartes no Palácio Itamaraty.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), os dois
países tratarão da continuidade de cooperações técnicas, do desenvolvimento
fronteiriço e de questões ligadas à infraestrutura e a iniciativas de combate à
pobreza. “A cooperação entre o Brasil e o Paraguai apresenta perspectivas de
ampliação das parcerias em segurança pública, agricultura, saúde, turismo,
defesa, infraestrutura e tecnologias sociais”, informou o ministério em
comunicado.
Temas relacionados aos negócios bilaterais também serão
assunto das conversas. De acordo com o MRE, as trocas comerciais entre o Brasil
e o Paraguai cresceram 23% no primeiro semestre do ano, na comparação com o
mesmo período de 2012. De acordo com o governo paraguaio, também devem ser
discutidas as negociações para a parceria União Europeia-Mercosul e assuntos
relacionados à Usina Itaipu Binacional, construída pelos dois países e uma das
maiores do mundo.
O retorno do Paraguai ao Mercosul também deve ser abordado
pelos dois presidentes. O país ficou suspenso do bloco entre 29 de junho de
2012 e 12 de julho deste ano porque os líderes políticos da Argentina, do
Brasil e Uruguai discordaram da forma como o então presidente Fernando Lugo foi
destituído do poder, por impeachment. Com o processo eleitoral e a eleição de
Cartes, que tomou posse em 15 de agosto, a suspensão foi extinta.
Na ausência do Paraguai do Mercosul, houve a incorporação da
Venezuela como país-membro, a adesão da Bolívia e a inclusão, com o status de
membros associados, da Guiana e do Suriname. Pelas regras do Mercosul, o Poder
Legislativo de cada um dos países-membros precisa aprovar a entrada de novos
participantes como a Venezuela, adesão que é questionada pelo Paraguai. O
presidente Cartes tem de lidar com os benefícios que o retorno ao Mercosul
trarão ao país e a oposição de parte do Legislativo a medidas tomadas pelo
bloco durante a suspensão.
Após o almoço no Itamaraty, o presidente paraguaio também
visitará os chefes dos demais poderes da República, indo ao Congresso Nacional
e ao Supremo Tribunal Federal. O retorno da comitiva presidencial a Assunção
está previsto para as 21h de segunda-feira.
Fonte: Agência Brasil.
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