Mercado não atende condições mínimas de higiene, diz MP. Se
decisão for seguida em outras cidades da região, não fica um…
O prefeito de Serra Talhada
Luciano Duque, terá que interditar o mercado público municipal, no prazo
de 72 horas. Esta é a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE),
o qual, juntamente com a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e
o Corpo de Bombeiros constataram diversas irregularidades capazes de
comprometer a vida e a saúde da população. Na recomendação, assinada pelo
promotor de Justiça Fabiano Morais de Holanda Beltrão, é informado que o local
“se encontra em péssimas e inaceitáveis condições de segurança e higiene”.
De acordo com o relatório de constatação, elaborado por
Beltrão, entre as irregularidades encontradas estão: o plano de acessibilidade
que se mostra inadequado; o ambiente é de alta periculosidade, já que a
plataforma que sustenta o teto é antiga assim como as paredes e o solo; animais
silvestres que são vendidos irregularmente e ainda há bares que vendem bebidas
alcoólicas sem a devida autorização, o que tem gerado a prática da prostituição
no local.
No MPPE já existe um inquérito civil instaurado com o
propósito de apurar irregularidades consumeristas resultante da falta de
higiene e de estrutura das instalações do mercado público. Além desse
procedimento, há ainda o relatório de vistoria do Corpo de Bombeiros, recebido
pelo MPPE na última quarta-feira (11), que relata irregularidades presentes no
estabelecimento e que podem comprometer a segurança e a saúde daqueles que
frequentam o mercado.
Diante da situação, o promotor de Justiça recomendou ao
gestor que interdite o mercado público de Serra Talhada para impedir que no local
haja qualquer prática consumerista. Os comerciantes, por sua vez, deverão ser
transferidos provisoriamente. Sousa ainda terá que esclarecer tanto aos
trabalhadores quanto à população em geral sobre os motivos da interdição assim
como adotar medidas para fiscalizar o mercado para prevenir e reprimir a
comercialização de mercadorias e produtos sem a observância das normas
sanitárias. O prefeito terá que encaminhar, em cinco dias úteis, relatório
circunstanciado a respeito das providências que serão adotadas.
O representante do MPPE ainda recomendou ao gerente da
Unidade Regional da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), do
Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon), do Crea e do Corpo de
Bombeiros que exerçam, permanentemente, a fiscalização em relação ao
funcionamento do mercado público, adotando as medidas que forem necessárias.
Fonte: Site Nill Júnior.
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