O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu mais seis
recomendações aos municípios do Sertão de Pernambuco para que os gestores
adotem medidas necessárias para fiscalizar a qualidade da água distribuída por
carros-pipa. Além dos gestores, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa),
a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), o Instituto
Agronômico de Pernambuco (Ipa), o Exército e a X Gerência Regional de Saúde de
Pernambuco (X Geres) também receberam as recomendações do MPPE. As
recomendações foram expedidas pelos promotores de Justiça Bruno da Silva Ramos,
Lúcio Luiz de Almeida Neto, Fabiana de Souza Silva Albuquerque e Paulo Diego
Sales Brito.
Os gestores de Tabira, Solidão, Afogados da Ingazeira,
Carnaíba, Iguaraci, Quixabá e Sertânia são os responsáveis por garantir a
qualidade da água distribuída, uma vez que o seu fornecimento e o consumo sem o
devido controle representa grave risco à saúde humana, dada a probabilidade de
transmissão de doenças. Inclusive, o número de surtos epidêmicos de doenças
diarreicas agudas ocorridos no Estado tem aumentado.
Diante do quadro, o MPPE recomendou aos municípios que
adotem uma série de providências como exercer e regular a vigilância da
qualidade da água em sua área de competência, em articulação com os
responsáveis pela fiscalização dessa substância; e recolher os carros-pipa,
sejam veículos particulares ou administrados pelo Estado, que não estiverem
atendendo aos critérios e exigências relativos aos padrões de qualidade.
Os gestores terão ainda que efetuar o cadastro dos carros-pipa
que atuam nas cidades sertanejas com informações referentes aos veículos,
proprietários, condutores e a origem da fonte de água.
Já a Compesa ficou responsável por identificar os
carros-pipa que lhe prestam serviço com placa, adesivo e banner, os quais devem
ser fixados nos próprios veículos em locais de fácil visualização. A companhia
também deverá elaborar tabelas, dando ciência à população, de horários e dias
em que a distribuição de água será realizada.
A X Geres, a Apevisa e o Ipa, por sua vez, ficaram
responsáveis por remeterem mensalmente às Promotorias de Justiça os relatórios
das análises laboratoriais efetuadas nas coletas de água dos carros-pipa e,
quando constatarem a ausência de cloração, terão que noticiá-los imediatamente
ao MPPE.
Os notificados deverão enviar informações acerca das medidas
adotadas ao MPPE no prazo de 30 dias.
Com informações do MPPE
Fonte: Diario de PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.