O governador Eduardo Campos, secretário da Casa Civil, Tadeu
Alencar, e o secretário executivo da Casa Civil e de Cultura, Marcelo Canuto,
prestigiaram, na noite de ontem (25), na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, a
abertura de duas exposições fotográficas com patrimônios vivos de Pernambuco - artistas e agremiações que
foram agraciados com o título em reconhecimento à sua trajetória e contribuição
para a cultura pernambucana. Iniciativa da Secretaria de Cultura a exposição
"Nação Leão Coroado 150 anos" marca as comemorações dos 150 anos da
agremiação recifense. Já a mostra "Pernambuco Vivo" é uma parceria do
Governo do Estado com o Jornal do Commercio e retrata os patrimônios vivos em
momentos do cotidiano.
Na presença de representantes da cena cultura, além de
agremiações e artistas que já foram agraciados com o título, o governador elogiou
a "resistência cultural admirável" daqueles que construíram, ao longo
dos anos, uma "cena cultural extraordinária". Eduardo destacou ainda
que as exposições legam o acesso a uma história imaterial, que promove a
reflexão sobre a necessidade de fomentar a cultura como um projeto de nação.
"Vai ficando cada vez mais clara a necessidade de
colocar, no conceito do desenvolvimento, o conceito da qualidade de vida, que
anda muito próximo do acesso à informação e aos bens culturais. E são eles que
vão fazendo com que a gente possa viver um outro conceito de sociedade, sobre
outros valores, que não só a acumulação de riquezas e bens materiais, mas do
fomento, sobretudo, à economia criativa como uma oportunidade extraordinária de
geração de trabalho para muitas pessoas que podem mostrar o seu talento e sua
capacidade de produzir”, afirmou Eduardo.
A mostra "Nação Leão Coroado 150 anos", que tem
curadoria de Lia Miceli Lopez Lecube, reúne 46 imagens que ficarão instaladas
nas salas Diálogos e Alcir Lacerda até o dia 2 de fevereiro de 2014. Os
registros são de seis fotógrafos pernambucanos: Costa Neto, Diego Di Niglio,
Guga Soares, Ivan Alecrim, Mateus Sá e Roberto Rômulo. O Leão Coroado, que foi declarado Patrimônio
Vivo em 2005, ano da instituição do
título no Estado, surgiu no Recife, em 1863. Hoje, a agremiação é uma das
maiores defensoras da tradição de matriz africana no País. O maracatu,
atualmente conduzido pelas mãos do mestre Afonso, foi definido pelo governador
como uma "resistência extraordinária", que preserva a história e
modos da comunidade.
Já a exposição "Pernambuco Vivo", que é fruto de
uma série de reportagens publicada em dois cadernos especiais pelo Jornal do
Commercio, no mês de outubro, é composta por 39 imagens do cotidiano e da vida
dos patrimônios vivos. As imagens são
dos fotógrafos Heudes Regis, Ricardo Labastier e Priscila Buhr. As
fotografias também fazem parte do acervo do JC Imagem. A mostra segue até o dia
5 de janeiro de 2014.
Patrimônio Vivo - Foi
a contribuição cultural de homens e mulheres do Estado que deu origem ao título
Patrimônio Vivo de Pernambuco. Desde 2005, 33 artistas e agremiações já foram
agraciados com o título em reconhecimento à sua trajetória comprometida com os
saberes e conhecimentos populares, transmitidos de gerações em gerações. São
patrimônios vivos de Pernambuco: Lia de Itamaracá, Zé do Carmo, Maria Amélia,
Zezinho de Tracunhaém, Mestre Dila, J. Borges, José da Costa0 Leite, Confraria
do Rosário, Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado, Maracatu Estrela de Ouro
de Aliança, Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, Teatro Experimental de
Arte, Dona Selma do Coco, Galo Preto, Índia Morena, Clube de Alegoria e Crítica
O Homem da Meia-Noite, Caboclinho Sete Flexas, Clube Indígena Canindé, Maestro
Duda, Maestro Nunes, Mestre Nuca, Manoel Eudócio, Sociedade Musical Curica,
Associação Musical Euterpina de Timbaúba, Sociedade Musical Euterpina Juvenil
Nazarena - Orquestra Capa-Bode, João Silva, Camarão, Pagode do Didi, Fernando
Spencer, Arlindo dos Oito Baixos (in memorian).
Fonte:
Assessoria de Imprensa – Casa Civil
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