O governo dos Estados Unidos anunciou hoje (4) uma ajuda de
US$ 1 bilhão para a Ucrânia. Segundo o presidente Barack Obama, a Rússia tem a
oportunidade de trabalhar com a comunidade internacional para estabilizar a
situação na Ucrânia. O presidente americano advertiu o presidente russo,
Vladimir Putin, que Moscou "não tem direito" de intervir na Ucrânia e
reiterou que a Rússia está violando as leis internacionais.
O secretário de Estado americano, John Kerry, reuniu-se hoje
com os novos dirigentes ucranianos na capital, Kiev, condenou a agressão russa
em Crimeia e disse que Moscou deve abrir negociações com a Ucrânia. Kerry advertiu
que "a Rússia está buscando criar um pretexto" para intervir na
Ucrânia e ressaltou que a crise no país deve ser resolvida por meio da
diplomacia e do diálogo. Sobre o pacote de ajuda anunciado por Washington,
Kerry disse que o presidente Obama deu instruções de "buscar todos os
caminhos para prestar ajuda econômica à Ucrânia."
A Ucrânia está passando por uma grande crise financeira, e o
ministro interino da Economia disse que o país precisa de 35 bilhões de euros
nos próximos dois anos. O primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatseniuk disse,
em uma conferência de imprensa após o encontro com Kerry, que, "de fato,
foi iniciado o processo para preparar a concessão de ajuda financeira dos
Estados Unidos".
Putin quebrou hoje dez dias de silêncio desde a queda de
Viktor Yanukóvitch e, embora tenha negado a presença de tropas na Crimeia,
disse que Moscou se reserva o direito de enviar forças, caso seja necessário
proteger os russos da localidade. O líder russo acusou o Ocidente de apoiar um
"golpe" na Ucrânia e disse que uma eventual intervenção militar russa
na Criméia seria legal porque ele procurou Ianukóvitch, que, de acordo com
Putin, continua a ser o presidente legítimo.
Fonte: Agência Brasil
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