Oito entidades em defesa do direito das pessoas portadoras
de necessidades especiais entregaram, nesta quinta-feira (12), um documento com
diversas propostas para o segmento ao pré-candidato ao governo de Pernambuco, o
senador Armando Monteiro Neto (PTB). O objetivo é que as iniciativas
apresentadas pelas instituições se incorporem ao futuro programa de governo do
petebista e se transformem em políticas públicas. Em sua fala, Armando prometeu
fazer um governo inclusivo. O evento ocorreu no Instituto dos Cegos do Recife,
no bairro das Graças, e contou com a participação do pré-candidato ao Senado, o
deputado federal João Paulo (PT), e demais lideranças.
O documento entregue ao pré-candidato Armando Monteiro reúne
cerca de 50 propostas e propõe atuações em diversas frentes de trabalho. As
propostas foram colhidas após 11 reuniões envolvendo integrantes das entidades,
sob a coordenação do Conselho Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência.
Uma das propostas contidas no documento é a regulamentação
da Lei estadual 12.045, de 2001, que prevê a gratuidade aos portadores de
necessidades especiais no transporte intermunicipal. Segundo o presidente da
Associação Pernambucana dos Cegos (Apec), Antônio Muniz, a legislação já foi
aprovada pela Assembleia Legislativa, porém não foi regulamentada pelo governo
do Estado. Outra iniciativa apresentada pelas entidades ao pré-candidato
Armando Monteiro é a oferta de uma educação inclusiva na rede estadual de
ensino.
Segundo Antônio Muniz, o documento apresentado é um
sentimento das pessoas com necessidades especiais. O presidente da Apec
salientou que a maioria das propostas não foram incorporadas pelo atual
governo. “Foram oito anos de abandono pelo atual governo do Estado. Essas
propostas já não são novidades, mas o governo não as incorporou”, disse o
dirigente.
Na reunião, o pré-candidato Armando Monteiro se comprometeu
em assegurar a participação de representantes do segmento na futura estrutura
de governo. O petebista frisou que as propostas apresentadas pelas entidades serão
analisadas e incorporadas ao programa de governo.
“Uma democracia só existe quando se enraíza na sociedade e
vai além das instituições formais e seja inclusiva. Precisamos ter a
compreensão de que vamos ter uma melhor democracia no Brasil quando formos
capazes de promover uma sociedade mais justa, mais democrática e fraterna e com
o governo podendo expressar isso”, afirmou Armando. O pré-candidato do PTB
ressaltou que a apresentação das propostas pelas entidades foi importante
porque vai nortear as prioridades do futuro governo para o segmento.
Para a assistente social Jayze Santos, 50 anos, o primeiro
passo para um governo inclusivo é a gestão estar aberta a ouvir as propostas do
segmento. “O governo tem que ouvir a população para conhecer as suas demandas.
Somente assim poderá construir políticas públicas voltadas para o segmento”,
disse Jayze, que não enxerga desde os 13 anos. Já o portador de necessidade
visual José Diniz, 53 anos, considerou que há um pacote de propostas já
aprovadas na esfera estadual que precisam ser regulamentadas. Porém, segundo
Diniz, as iniciativas não saíram do papel. Ele lembra que em Pernambuco, o
segmento de pessoas com algum tipo de necessidade especial representa 27% da
população.
Crédito da
foto: Léo Caldas/divulgação
Fonte: Assessoria de Imprensa
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