O Governo de Pernambuco é o único estado do país a
assegurar, por meio de lei, um percentual mínimo de recursos a serem repassados
para a cadeia produtiva do audiovisual. A proposta do Executivo, pioneira em
todo o país, foi sancionada pelo governador João Lyra Neto e garante incentivo
à atividade, além da criação do Conselho Consultivo do Audiovisual de
Pernambuco. A Lei 15.307 representa um avanço na política pública do segmento,
implantada desde 2007, após amplo diálogo com a sociedade civil.
Uma das novidades da lei é a criação do Conselho Consultivo
do Audiovisual de Pernambuco, que deverá ser instalado em até 60 dias, com 18
membros efetivos e formato paritário, sendo nove membros escolhidos pela
sociedade civil e nove designados por ato do Governador do Estado. Já o
regimento interno do conselho deverá ser objeto de decreto em até 180 dias.
“A lei é resultado de um diálogo que começou em novembro do
ano passado, na casa do então governador Eduardo Campos, quando ele convidou um
grupo de cineastas para discutir o cinema pernambucano, explicou o secretário
de Cultura, Marcelo Canuto. Segundo ele, esse encontro evoluiu para uma
construção coletiva, que demonstra como a sociedade pode estar junta com o
Governo, propondo políticas públicas. Representa também o reconhecimento do
governo ao cinema e a toda sua cadeia produtiva, que há alguns anos vem se
desenvolvendo e crescendo no estado. Será um instrumento que irá consolidar a política
para o setor nos próximos anos, independentemente de gestão”, avaliou o
secretário.
A Secretaria de Cultura, junto com a Fundarpe e Casa Civil,
a partir do diálogo com a sociedade civil, formulou o projeto de lei, enviado
pelo Executivo à Assembleia Legislativa,
onde obteve aprovação e posteriormente a sanção do governador João Lyra Neto. O
processo envolveu cineastas, cineclubistas e técnicos do audiovisual, com
representação de entidades como a Associação Brasileira de Documentaristas e
Associação de Produtores e Cineastas de Pernambuco (ABD/APECI), Federação
Pernambucana de Cineclubes (Fepec), Associação de Produtores e Cineastas do
Norte e Nordeste (APCNN) e as seções de Pernambuco do Sindicato Interestadual
dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (STIC-PE) e da
Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA -PE).
INEDITISMO -
Cineastas pernambucanos comemoraram e avaliaram a lei como uma grande conquista
da classe, junto ao Governo. “A sanção da lei representa a sedimentação do
cinema pernambucano como atividade artística e econômica. Coloca Pernambuco
numa posição inédita no Brasil”, pontuou Kléber Mendonça Filho, realizador de
filmes premiados como “Recife Frio e O Som ao Redor”. O cineasta Cláudio Assis,
autor de longas como “Amarelo Manga” e “Febre do Rato”, também celebrou a
aprovação da Lei. “É a melhor coisa que poderia ter acontecido em Pernambuco,
isso não existe em nenhum outro Estado. Pernambuco está na frente por duas
questões: uma, porque a gente luta, depois porque somos verdadeiros”, colocou
Cláudio.
FUNCULTURA – O
Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, vem consolidando as
políticas voltadas para a produção independente pernambucana. Em dezembro de
2013, outra conquista importante foi a garantia de um montante mínimo anual, no
valor de R$ 33,5 milhões, para destinação ao Fundo Pernambucano de Incentivo à
Cultura (Funcultura), sendo R$ 11,5 milhões para o setor audiovisual, e R$ 22
milhões para as demais linguagens.
O Funcultura beneficia toda a cadeia produtiva do
audiovisual incentivando projetos de diretores consagrados e iniciantes. Além
da produção de filmes e produtos para TV, o edital público incentiva a difusão,
pesquisa e formação. Está em curso a seleção do 7º Edital do Programa de
Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco – Funcultura Independente
2013/2014. Do total de 370 propostas inscritas, 148 projetos foram selecionados
para a última fase de aprovação, que corresponde à defesa oral: seis projetos de
Pesquisa, 20 de Formação, 22 de Difusão, 38 de curta-metragem (sendo oito na
categoria Ary Severo), 25 Produtos para televisão e 37 de Longa-metragem. As
propostas das categorias Desenvolvimento de Cineclubismo e Revelando os
Pernambucos não são submetidas à fase de defesa oral.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Casa Civil
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