06/08/2014

A CIDADE DE TRIUNFO ABRE ALAS PARA A TELA GRANDE

Os estampidos dos chicotes dos Caretas anunciavam: começava, então, a 7ª edição do Festival de Cinema de Triunfo. As figuras típicas do município realizavam performances em frente ao Cine Theatro Guarany, chamando a atenção do público que se aglomerava no local, aguardando a abertura das portões para a primeira sessão do evento, que aconteceu na noite desta segunda (4), reunindo público e realizadores num mesmo espaço para prestigiar a produção cinematográfica pernambucana e nacional.

Convidados a abrir a noite, subiram ao palco o diretor de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura de Pernambuco, André Brasileiro; a coordenadora de Audiovisual da Secult-PE, Carla Francine; e o secretário de Turismo, Cultura e Desporto de Triunfo, Evanildo Fonseca. Todos destacaram a importância das políticas culturais desenvolvidas pelo Governo do Estado para fortalecer o setor do audiovisual, e que repercute em ações como Festival de Cinema de Triunfo, já consolidado no calendário anual. “Este é um festival da cidade de Triunfo e temos trabalhado para que ele continue sempre com sua força, pois ele é decisivo para a difusão do cinema pernambucano, assim como o Funcultura“, afiançou Brasileiro.

Encerrando a noite, a primeira sessão da Mostra competitiva de longa-metragem, com “Amor, plástico e barulho”, da pernambucana Renata Pinheiro. Nesta terça (5), às 11h, ela participa de um bate-papo sobre o filme. Será na Casa da Pedra, na Rua Liraucio Rodrigues, nº 01 (em frente ao Águas Parque).

Na sequência, viria um dos momentos mais bonitos da noite. A homenagem à atriz pernambucana Magdale Alves. Nos últimos anos, ela figurou como peça fundamental em diversos filmes pernambucanos, a exemplo de “Amarelo manga”, “Baixio das bestas”, “Árido movie”, “Eletrodoméstica”, “Deserto feliz”, entre tantos outros, que demarcam esse momento de retomada, com grande força, do cinema produzido no estado e que vem ganhando cada vez mais repercussão dentro e fora do país. “É uma honra poder ser, fora de Pernambuco, uma referência no que diz respeito ao cinema. Isso porque o nosso cinema é, sim, reconhecido no Brasil inteiro e em outros países. Sinto-me feliz por ser uma partezinha dessa engrenagem que reúne uma equipe imensa, como diretores de arte, figurinistas, maquiadores, e tantos outros que dão a cara do nosso cinema”, agradeceu Magdale, ao receber a homenagem.

Amor, plástico e barulho

Shelly, uma jovem dançarina que sonha se tornar cantora, e Jaqueline, uma experiente cantora que já emplacou alguns sucessos, mas que amarga o declínio da sua carreira, são companheiras de uma mesma banda de música Brega – uma cena musical romântica e sensual da periferia brasileira. Inseridos em um show business de nightclubes e programas de TV local, onde tudo é descartável, como sucesso, amor e relações humanas, elas parecem formar uma única trajetória de vida, onde Shelly é o possível passado de Jaqueline, que é o provável futuro de Shelly.


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