Todos os participantes que usaram da palavra na abertura
oficial da VIIª conferência de saúde de Afogados da Ingazeira, e no dia
seguinte, no transcorrer dos debates, defenderam o sistema único de saúde
público, gratuito e universal. A palestra magna foi proferida pela professora
da UPE e médica, Cristina Sette, que também é assessora técnica da Confederação
Nacional dos Secretários Municipais de Saúde.
Vinte e sete anos depois de sua implantação, o SUS responde
hoje por 95% dos transplantes de órgãos no Brasil. 60% da população brasileira
é atendida pelo SUS. E os restantes, usuários de planos de saúde, também se
servem do SUS, uma vez que 100% da vigilância em saúde é realizada pelo SUS,
desde o controle da água consumida, passando pela certificação de nascimentos e
óbitos, que permitem a emissão das respectivas certidões.
Em sua palestra, a professora Cristina Sette alertou para os
perigos de retrocessos no SUS. “Tramita na câmara um projeto que obriga as
empresas a oferecerem planos de saúde a seus empregados. Isso vai destruir o
SUS e nos fazer voltar a 1923, quando a assistência a saúde era feita pelas
caixas de aposentadoria e pensão das empresas. E quem estiver desempregado ou
não estiver no mercado informal?” destacou Cristina.
Ela também destacou a importância de mais recursos para os
municípios, que é onde os problemas verdadeiramente acontecem. Sobretudo quando
se sabe que 72% dos trabalhadores em saúde do setor público atuam nos
municípios. O Secretário de Saúde, Artur Amorim, destacou a importância da
participação social nas conferências para consolidar as mudanças e avanços já
implantados na política pública de saúde.
Os debates, apresentação e aprovação de propostas
transcorreram durante toda Sexta (10), na Autarquia de Ensino Superior de
Afogados da Ingazeira. Foram apresentadas e aprovadas 41 propostas que serão
levadas para a conferência estadual, marcada para o mês de Outubro - a Nacional
será em Dezembro. Afogados da Ingazeira contará com uma delegação de 08
delegados na etapa Estadual, sendo quatro usuários do SUS (50%), dois gestores
(25%) e dois trabalhadores em saúde (25%).
Fonte: Prefeitura de
Afogados da Ingazeira - Núcleo de Comunicação Social
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