Prazo foi ampliado para 31 de dezembro de 2016, conforme
Medida Provisória editada pelo governo federal
Agricultores familiares instalados nas áreas de atuação da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que estão
inadimplentes com o pagamento do Crédito Rural terão mais um ano para liquidar
as suas dívidas. O prazo foi ampliado para 31 de dezembro de 2016, conforme Medida Provisória 707,
destaca o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A área da Sudene abrange empreendimentos de 1.989
municípios, de 11 Estados. São eles: Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito
Santo.
São contemplados pela medida produtores familiares em débito
com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), da
região abrangida pela Sudene, que contraíram operações de crédito rural até o
dia 31 de dezembro de 2006, explica o MDA.
Em algumas situações, conforme o coordenador-geral de
Financiamento à Produção, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), José
Henrique Silva, “o rebate para a liquidação da dívida pode chegar a 85% do
saldo devedor atualizado".
Com a ampliação do prazo, permanece suspensa a prescrição
das dívidas, bem como o encaminhamento das mesmas para cobrança judicial e a
inscrição do agricultor na dívida ativa da União, nos casos enquadrados na Lei
12.844/13.
O coordenador Nacional de Política Agrícolas da Federação
Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf),
Celso Ricardo Ludwig, destaca que os agricultores que pretendem continuar na
produção de alimentos devem aproveitar a prorrogação do prazo para quitar
dívidas.
“Atualmente, as condições climáticas estão muito adversas
para o campo. Não tem como continuar plantando sem ter o seguro agrícola. Em
débito, o agricultor fica de fora de todas as políticas públicas do Estado.
Agora, o agricultor tem de fazer a sua parte e procurar as instituições
financeiras para quitar as suas dívidas”, salienta.
Na condição de inadimplente, o agricultor não pode acessar
recursos federais e ainda corre o risco de perder o seu patrimônio dado como
garantia, se houver cobrança judicial. Essas sanções inviabilizam a sua
produtividade. Atualmente, a maior parte dos alimentos que vão para a mesa dos
brasileiros vem da agricultura familiar.
“A medida veio num
momento muito oportuno, para beneficiar a grande maioria dos produtores
familiares que tem dificuldade para saldar as suas dívidas, em função da
frustração de safra. Esperamos que a próxima safra seja melhor, para não
adiarmos mais a quitação das dívidas”,
diz o coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra,
Francisco Dal Vachion.
Fonte: www.brasil.gov.br
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