O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de
Saúde (SES), lançou, nesta terça-feira (14.11), na sede da SES, no Bongi, o
Comitê de Equidade e Educação Popular em Saúde de Pernambuco. O grupo, formado
por órgãos estaduais, instituições de ensino, movimentos sociais e pelo
controle social, tem o objetivo de articular, dar apoio técnico e monitorar
políticas públicas específicas voltadas para a População Negra, LGBT, em
Situação de Rua e do Campo, da Floresta e das Águas, além de trabalhar Educação
Popular em Saúde e as Práticas Integrativas e Complementares. Com isso,
busca-se afirmar os princípios de equidade no SUS e a garantia de acesso às
ações e serviços de saúde para toda população pernambucana.
“Pernambuco se destaca no cenário nacional pelo pioneirismo
dentro do SUS, já possuindo coordenações que auxiliam na implantação das
políticas da População Negra, das Práticas Integrativas e a LGBT, essa última
existente desde 2015 e tendo Pernambuco como primeiro Estado do Nordeste a ter
sua política própria. A partir do Comitê, queremos dar mais suporte e força ao
trabalho em curso, além de começar a discutir outras políticas nacionais que
precisam ser efetivadas no nosso Estado”, afirma o secretário estadual de
Saúde, Iran Costa.
Entre as políticas que serão trabalhadas pelo comitê está a
para Inclusão Social da População em Situação de Rua e das Populações do Campo,
da Floresta e das Águas. “Cada população possui suas particularidades e
precisamos discutir e implantar ações de saúde que cheguem até esse público,
enfrentando a vulnerabilidade a que certos grupos populacionais estão expostos,
e trabalhando para acabar com estigmas e preconceitos nos serviços de saúde”,
ressalta Iran Costa.
O secretário também reforça a importância de atividades em
educação popular em saúde para que a população conheça melhor o Sistema Único
de Saúde (SUS), saiba da sua importância e auxilie na sua construção,
fortalecimento e humanização. Esse trabalho de educação também visa a
construção de bases pedagógicas para a formação de equipes de saúde.
O comitê será formado pelas secretarias estaduais de Saúde,
da Mulher, Direitos Humanos e de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.
Também fazem parte o Conselho Estadual de Saúde (CES), movimentos sociais, o
Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e representantes de
instituições de ensino, além de técnicos dos comitês de saúde que já possuem
suas políticas implantadas, como da População Negra e LGBT.
POLÍTICAS PÚBLICAS
– Pernambuco é um dos cinco Estados brasileiros que contam com um ambulatório
especializado para a população trans. O Estado também foi o primeiro do
Nordeste a criar uma Política Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais, lançada em 2015. Entre as ações da
Política, está o trabalho para aliviar o sofrimento, dor e adoecimento
relacionados aos aspectos de inadequação identitária, corporal e psíquica, nas
travestis e pessoas transexuais, além de garantir a atenção necessária durante todo
o processo de readequação sexual. Além disso,vem sendo reforçada a humanização
do acolhimento para lidar com as especificidades de cada grupo. Já em 2017, foi
publicada uma instrução normativa para respeito ao uso do nome social nos
serviços de saúde do Estado.
POPULAÇÃO NEGRA –
A Coordenação da Atenção à Saúde da População Negra busca ampliar o acesso da
população negra residente nas áreas urbanas, em particular nas regiões
periféricas dos grandes centros urbanos, e os residentes nas zonas rurais, especialmente
nas comunidades quilombolas, às ações e aos serviços de saúde. Também promove a
implementação e fortalecimento das ações de atenção às pessoas com doença
falciforme, o que significa a reorganização, a qualificação do acolhimento e da
assistência, na dispensação farmacêutica e da atenção diferenciada na
internação.
PRÁTICAS INTEGRATIVAS
– São ações que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos
tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças. Neste ano, a
Secretaria Estadual de Saúde (SES) já capacitou profissionais de saúde do
sistema prisional em auriculoterapia.
A auriculoterapia consiste na técnica de usar pontos na pele da aurícula
(ouvido externo) para diagnosticar e tratar dor e condições médicas do corpo,
podendo ou não ser aplicada em conjunto com outro tratamento.
Fonte: www.pe.gov.br/blog/
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