As lacraias, também chamadas centopeias, são artrópodes
peçonhentos, típicos de regiões climáticas temperadas e tropicais. Vivendo em
todo o território brasileiro, desde o nível do mar até as altas elevações, elas
podem ser encontradas normalmente ao ar livre, abrigadas solitariamente em
lugares úmidos como troncos apodrecidos, debaixo de pedras, no lixo, em hortas,
entulhos ou outros locais semelhantes.
Nos ambientes fechados, como residências, escritórios e
lojas comerciais, procuram preferentemente os banheiros úmidos, o interior de
armários, arquivos, depósitos, porões e também vasos e xaxins com plantas,
montes de tijolos ou qualquer canto e reentrância que não receba diretamente a
luz solar. Seus esconderijos, portanto, proporcionam-lhe proteção não apenas
contra possíveis predadores, mas também contra a desidratação.
Esses artrópodes se alimentam das moscas, minhocas, grilos,
aranhas, baratas e vermes, entre outros invertebrados, que caçam e capturam
usando as pinças muito fortes localizadas em seu último par de patas. Dominando
dessa forma as suas vítimas, cravam nelas, em seguida, o aparelho inoculador de
veneno que possuem (denominado forcípula e situado junto a boca),
injetando-lhes, através desses ferrões que funcionam como pinças, uma solução
que as imobiliza e às vezes mata.
Embora o veneno da lacraia não seja mortal para o homem,
pode lhe provocar dores fortes, cuja intensidade será maior ou menor dependendo
da capacidade de resistência imunológica de cada ofendido. Assim, no caso de
alguém ser picado por uma lacraia, o mais provável que possa lhe acontecer, além
da dor, será o inchaço no local da picada, a elevação de sua temperatura
(febre), calafrios, tremores, suores e uma pequena ferida. Quanto ao líquido de
que elas precisam para sobreviver, a quase totalidade vem da digestão das
presas por elas capturadas.
Fonte: euamoanatureza.wordpress.com
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