Em rede social, a Secretaria Municipal de Educação de Brejinho, que é conduzida pela Secretária Silvana Teles, parabenizou a Escola Municipal São Sebastião,
pelo empenho e trabalho de equipe, envolvendo funcionários, pais e
principalmente os alunos que a cada dia mostram que a educação é o melhor
caminho, conquistando mais um prêmio para educação brejinhense. Dessa vez a
conquista foi o Concurso "Canguru
Matemático" que contribui para a popularização e promoção da
matemática nos jovens. O Concurso é para TODOS os alunos! Não existe uma seleção
prévia.
A Associação Canguru sem Fronteiras é uma associação de caráter
internacional que reúne personalidades do mundo da matemática de 55 países. O
seu objetivo é promover a divulgação da matemática elementar por todos os meios
ao seu alcance e, em particular, pela organização anual do Concurso Canguru
Matemático sem Fronteiras, que terá lugar no mesmo dia em todos os países
participantes.
Pretendendo, deste modo, estimular e motivar o maior número
possível de alunos para a matemática e é um complemento a outras atividades,
tais como olimpíadas. Em Portugal a organização deste concurso está a cargo do
Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra com o apoio da Sociedade Portuguesa de Matemática.
(Fonte pesquisa: http://www.mat.uc.pt/canguru/
Alunos vencedores de Brejinho:
Nível E (5º e 6º
ano):
MURILO DE SOUSA BONFIM - Medalha de Prata
RENATO SILVA DOS SANTOS - Medalha de Bronze
GABRIEL FELIPE SILVA CARVALHO - Medalha de Mérito
Nível B (7º e 8º
ano):
JOSÉ THEVEZ GOMES GUEDES - Medalha de Prata
JOSÉ ERIK PEREIRA MARQUES - Medalha de Bronze
SARA VITÓRIA BATISTA DOS SANTOS - Medalha de Bronze
THAINÁ NEVES MUNIZ - Medalha de Bronze
MIRELA LIMA DE SOUZA - Medalha de Mérito
PAULO VINÍCIOS CAETANO DE LIMA - medalha de mérito
Nível C (9° ano):
KELVIN RYAN SOARES FERNANDES - Medalha de Mérito
Canguru de Matemática
Gregor Dolinar (Universidade de Lubliana, Eslovênia)
O que é o Canguru de Matemática?
A cada ano, na terceira quinta-feira do mês de março, um
gigantesco número de estudantes (neste ano, mais de seis milhões) em todo o
mundo faz parte de um importante evento internacional de Matemática, uma
competição chamada Canguru de
Matemática.
Há muitas competições de Matemática em nível internacional,
sendo a mais prestigiada a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, em
inglês), que é a mais antiga dentre as Olimpíadas científicas (neste ano, a 53ª
IMO aconteceu na Argentina, com 548 competidores de exatamente 100 países
participantes).
Mas a IMO é para somente seis dos melhores estudantes do
ensino médio de cada um dos países que
tomam parte da competição, que devem resolver seis problemas extremamente
difíceis em dois dias consecutivos, em uma prova de quatro horas e meia por
dia.
A IMO é muito importante por uma
série de razões: ela ajuda a achar estudantes talentosos em Matemática; ela
capacita muitos estudantes a desenvolver o pensamento matemático apropriado
desde cedo; consiste num grande desafio e motivação para os melhores
estudantes; abre também as portas das mais prestigiadas universidades do mundo
para o melhores competidores. Entretanto, claramente a IMO tem influência sobre
uma parcela muito pequena dos estudantes.
O Canguru de Matemática é uma competição muito diferente da
IMO – sob alguns aspectos, são eventos que se opõem. Mais do que uma competição
descompromissada, é uma espécie de jogo. Ao contrário da IMO, estudantes de
todas as idades, dos 7 aos 18 anos, podem participar do evento, em seis
diferentes categorias etárias, resolvendo 24 ou 30 testes de múltipla escolha
relativamente fáceis em 90 minutos (ou mais, dependendo do país participante).
Mas talvez a diferença mais óbvia seja a de que o Canguru não é somente para os
melhores estudantes de Matemática. Ao contrário, o concurso visa atrair tantos
estudantes quanto for possível, com a finalidade de mostrar-lhes que a
Matemática pode ser interessante, útil e mesmo divertida.
Embora, infelizmente, o pensamento comum seja de que a
Matemática é difícil, muito abstrata e fora do alcance da grande maioria das
pessoas, o número de participantes do Canguru de Matemática prova que as coisas
não têm que ser desta maneira.
Com mais de seis milhões de competidores em 2012
e com uma proporção considerável da população estudantil resolvendo os
problemas (por exemplo, na Eslovênia, mais de três quartos dos estudantes entre
7 e 10 anos), o concurso Canguru ajuda a diminuir o preconceito em relação à
Matemática.
História
Ao fim do século
passado, muitos países começaram a considerar a ideia de usar
competições matemáticas para popularizar a Matemática entre grupos cada vez
maiores de estudantes. Em 1991, os professores André Deledicq e Jean Pierre
Boudine, inspirados pela Competição Australiana de Matemática, começaram um
concurso semelhante na França, chamando-o de Canguru Matemático.
O concurso, consistindo em sua maioria de
questões simples e atrativas de Matemática, na forma de testes de múltipla
escolha, foi um grande sucesso. Como
consequência, em 1993 foi realizada uma reunião em Paris, na qual foi proposta a
vários países europeus a organização de um concurso mais abrangente denominado
Canguru Europeu.
A ideia foi recebida com entusiasmo e, em 1994, no Conselho
Europeu em Estrasburgo, os representantes de 10 países fundaram a Associação
Canguru Sem Fronteiras (AKSF, em francês). Esta associação, responsável pela
organização do concurso Canguru, foi formalizada e registrada em 17 de janeiro
de 1995, em Paris, sendo o professor André Deledicq o seu primeiro presidente.
Presente e futuro
A cada ano, desde 1993, em outubro ou novembro, os
representantes de todos os países membros se reúnem num encontro anual, no qual
os problemas das provas do Canguru para o ano seguinte são escolhidos. Depois
do encontro, os representantes dos países traduzem os problemas para suas
próprias línguas, adaptando os enunciados (por exemplo, trocando o nome John
por João) para poder usar os problemas em seus países.
Há países que substituem
eventualmente algum problema que julgam inacessível por questões de currículo,
mas isto deve ser evitado, já que no encontro anual isto deve ser resolvido.
Os resultados dos estudantes de diferentes países não são
comparados; isto seria contrário ao espírito do Canguru, considerado como um
concurso individual e não uma forma de comparação internacional. Assim, os
problemas e a regras são internacionais, mas o concurso em cada país é
organizado independentemente e cada país tem seus próprios vencedores1.
Entretanto, muitos países organizam acampamentos de verão
conjuntos (por exemplo, Polônia, Alemanha e Romênia) ou até mesmo competições
adicionais internacionais (como é o caso da Áustria, Alemanha e Suíça). Os
países cooperam em muitos outros campos, como, por exemplo, na publicação de
materiais ou na compra de prêmios para os estudantes ou, ainda, trabalhando
juntos nos projetos da União Europeia.
Até o momento a AKSF tem 52 países membros e neste ano, no
encontro anual em Chipre, três novos membros serão admitidos: Gana, Panamá e
Peru. Como são muitos os países de todo
o mundo que participam, há uma certa liberdade na organização do concurso, com
a restrição de que os problemas matemáticos propostos sejam os mesmos.
Mais precisamente, cada país pode organizar o evento da
maneira que lhe convenha, desde que sejam obedecidas algumas regras
estabelecidas pela AKSF. Por exemplo, aos países participantes é permitido
mudar a data de aplicação da prova para depois da data oficial, definida como a
terceira quinta-feira do mês de março, mas nunca antes desse dia (em alguns
países o calendário escolar ou de feriados pode impedir a aplicação da prova na
data oficial).
Por outro, não se recomenda que o atraso seja grande, pois
uma norma diz que, após um mês da data oficial, os participantes estão livres
para publicar os problemas do Canguru na Internet. Além disso, devido às
variações do conteúdo curricular nos diferentes países, cada país tem a
liberdade de mudar alguns dos problemas escolhidos ou usar um número menor de
questões nas provas (por exemplo, propor 24 problemas em vez de 30).
A questão do pagamento de uma taxa por escola ou por aluno é
de alçada exclusiva de cada país. De fato, há países que cobram por aluno,
outros por escola e outros que não cobram nenhuma taxa.
Embora o concurso seja organizado de forma descentralizada,
há uma série de desafios no horizonte para a AKSF, principalmente porque mais e
mais países estão querendo participar do mesmo. Um deles é a questão do sigilo
das provas, algo cada vez mais difícil, já que os países participantes vêm de
diferentes continentes com muitas zonas de tempo variadas e os estudantes se
mostram cada vez mais eficientes no uso da moderna tecnologia de informação.
Entretanto, o Canguru de Matemática tem conseguido
sobrepujar todas as difíceis barreiras que surgiram nos últimos vinte anos e
sem dúvida será capaz de superar possíveis novos obstáculos nos próximos vinte.
Em qualquer caso, o concurso será sempre capaz de cumprir sua principal missão,
que é a de popularizar a Matemática pelo mundo, especialmente entre os
estudantes que não se tornarão matemáticos profissionais.
Os atuais 52 membros
da Associação KSF
Alemanha, Armênia, Áustria,
Bélgica, Bielorrússia, Brasil,
Bulgária, Canadá, Catalunha/Espanha, Cazaquistão, Chipre,
Colômbia, Costa Rica, Costa do Marfim, Croácia, Equador, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados
Unidos, Estônia, Finlândia, França,
Geórgia, Grécia, Holanda, Hungria, Indonésia, Irã, Itália, Lituânia, Macedônia,
México, Moldávia, Mongólia, Noruega, Paquistão, Paraguai, Polônia, Porto Rico,
Portugal, Quirguistão, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Rússia, Sérvia,
Suécia, Suíça, Tunísia, Ucrânia e Venezuela.
Conselho atual da Associação KSF
Gregor Dolinar (Eslovênia), Gregory Makrides (Chipre),
Andrew Jobbings (Reino Unido), Marta Berini (Catalunha/Espanha), Jean-Phillipe
Deledicq (França), Robert Geretschläger (Áustria), Monika Noack (Alemanha).
Alguns encontros
anuais recentes e futuros da Associação KSF
Barcelona(2006), Graz (2007), Berlim (2008), Minsk (2009),
Tbilisi (2010), Bled (2011), Protaras (2012), UK (2013), Porto Rico (2014),
Suécia (2015), Ucrânia (2016), Suíça(2017), Lituânia(2018), Estados
Unidos(2019), Itália(2020).
Números de
participantes de 1995 a 2016
para ver a
participação por país, clique aqui
1No Brasil, não há vencedores oficiais. Cada escola recebe
os resultados de seus estudantes e não há comparação entre escolas (N. do
tradutor)
Gregor Dolinar é um professor de Matemática da Universidade
de Lubliana, Eslovênia. Atualmente, é o presidente da Associação KSF. É também
secretário do Conselho Consultivo da IMO (Olimpíada Internacional de
Matemática)
Fonte pesquisa: www.cangurudematematicabrasil.com.br
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