Após a visita ao acervo do Instituto Ricardo Brennand (IRB),
na Várzea, na manhã desta sexta (24), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e
governadores do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo participaram de reunião
no Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste -
Sudene (Condel), realizada no próprio IRB, na Zona Oeste do Recife. Ao anunciar
o Plano de Desenvolvimento para o Nordeste, principal pauta do encontro,
Bolsonaro deixou claro que o sucesso da medida vai depender da aprovação da
reforma da Previdência.
Estiveram no encontro, o governador de Pernambuco, Paulo
Câmara (PSB), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), os ministros Osmar
Terra (Cidadania), general Santos Cruz (Secretaria da Presidência), General
Heleno (GSI), além dos governadores Rui Costa, Flávio Dino, Romeo Zema, Camilo
Santana, João Azevedo, Wellington Dias, Fátima Bezerra, Renan Filho e Belivaldo
Chagas. O governador Renato Casagrande (ES) não foi citado na apresentação. O
líder do governo no Senado Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) também participou
do encontro.
Em sua fala, Bolsonaro elogiou a apresentação dos jovens da
Orquestra Criança Cidadã e pediu união da classe política. "É um exemplo
pra todos nós, políticos, se nos unirmos, independente de agremiação política e
partidária, para atingirmos o objetivo maior que é o futuro de nosso Brasil. O
que nós queremos e vocês querem aqui presentes, com toda a certeza, é que
nossos filhos sejam melhores do que seus respectivos pais porque só assim nós
temos a certeza que venceremos etapas para colocar o Brasil no lugar de
destaque que ele merece".
"Nós queremos, sim, apesar do pouco que o Brasil tem,
tendo em vista a situação que encontramos economicamente, fazer o possível para
ajudar o povo do Nordeste", disse o presidente. Discurso reforçado pelo
ministro do Desenvolvimento Regional Gustavo Canuto. "Sem o desenvolvimento
do Nordeste, não haverá o desenvolvimento do Brasil", afirmou Canuto.
Antes de apresentar o Plano de Desenvolvimento do Nordeste,
o presidente fez questão de vincular o sucesso dessa medida à proposta de
reforma da Previdência que tramita no Congresso. "Sem a reforma da
Previdência não podemos sonhar nem botar em prática parte do que estamos
propondo neste momento", afirmou. Antes da reunião, Renan Filho (MDB)
havia criticado justamente a prioridade da pauta da reforma da Previdência em detrimento
de outras agendas para o país.
O prefeito Geraldo Julio fez uma fala em nome dos gestores
municipais do país, pedindo uma revisão do Pacto Federativo. "As
prefeituras também vivem essa crise e também a dificuldade de receita e têm
pressões e necessidade de apresentação de mais serviços. Um exemplo disso é que
aqui, no Recife, a gente recebeu das escolas particulares mais de 12 mil alunos
que vieram para a escola pública. É mais professor, mais sala de aula, mais
fardamento e mais merenda. A mesma coisa com o SUS. Aqui no Recife, pouco mais
de 110 mil pessoas sairam dos planos de saúde pro Sistema Único de Saúde",
relatou. "O Brasil precisa muito de uma revisão do Pacto federativo",
defendeu Geraldo Julio.
Já o governador Paulo Câmara (PSB) procurou proferir uma
fala mais conciliadora e institucional. "Esse nosso encontro de hoje reúne
mais do que gestores públicos do nosso país. Estão reunidos aqui, sobretudo,
nós, governadores do Nordeste, de Minas Gerais e do Espirito Santo, as
expectativas do povo de toda uma região. Milhares de brasileiros. Uma população
com a qual todos nós temos um compromisso firmado. É uma oportunidade
histórica, senhor presidente, de estarmos juntos, em torno da Sudene, que
nasceu com um claro propósito. Uma instituição criada pela força de uma missão:
o combate às desigualdades e o equilíbrio regional necessário para um país
visto como uma nação justa e pátria de todos", discursou.
Paulo ainda apontou os desafios que precisam ser vencidos
pelo poder público, destacando o importante papel da Sudene. "Ao longo de
décadas, apesar dos avanços recentes, ainda se convive com flagelos como a
seca, a falta de oportunidades, a infraestrutura insuficiente e a instabilidade
econômica. Estamos aqui em total convergência diante desse quadro", disse.
(Folha de PE/ Foto: Arthur Mota)
Fonte: www.maispajeu.com.br
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