Francisco Dirceu Barros ainda criticou impunidade fruto da
legislação brasileira. “Réus da Lava Jato serão soltos em três meses”
O Procurador Geral de Justiça de Pernambuco, Francisco
Dirceu Barros, foi o convidado do Roda Viva Pernambuco, pela TV Cultura/TV Nova
Nordeste.
Na bancada Mucio
Aguiar, Presidente da Associação de
Imprensa de Pernambuco, Edmar Lyra, jornalista político, Dennis Araújo,
produtor executivo da Rádio Folha FM, professor da UFPE e A ESO, João Paulo
Allain Teixeira, e Dr. Ney Araújo, Presidente do Instituto dos Advogados
Previdenciários. Este blogueiro esteve como presidente da Asserpe e comunicador
da Rádio Pajeú.
O debate começou tratando da polêmica dos vazamentos de
conversas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol publicados pelo site The
Intercept. Em linhas gerais, o Procurador preferiu questionar o vazamento das
informações e sua legitimidade e disse que ainda não há como incriminar juiz e
procurador da Lava Jato.
Entretanto, reafirmou a independência entre os poderes,
deixando claro que diálogos entre Ministério Público e judiciário não são
raros, desde que não quebrem a isonomia dos poderes. “Um juiz pode dizer a um
promotor que com os elementos que tem não poderá condená-lo”.
Ele ainda criticou a falta de rigor na legislação no Brasil
e deu três meses para que todos os réus na Lava Jato, inclusive o ex-presidente
Lula, estejam soltos. Aqui é o paraíso da impunidade”. Entretanto disse que a
Lavo Jato inverteu a ordem de do punir pobres e que por isso é tão atacada.
Ainda elogiou o pacote anti crime de Moro mas disse ser contra a posse de
armas.
Quanto a prefeitos, respondendo a pergunta desse blogueiro
sobre o trem da alegria de cidades que promovem São João mesmo sem atender
indicadores de atenção básica, saneamento e fiscais, disse que já adverte quem
tem salários em atraso e realiza esses eventos. “Mas sua ideia é importante”.
Disse também que vai voltar a chamar os prefeitos para o fim
dos lixões. “Prefeito que não se comprometer vai responder por crime
ambiental”, garantiu.
Ele ainda defendeu o Ministério Público e disse que um dos
problemas é o comprometimento do orçamento de apenas 2% da receita estadual, em
comparação aos 6% do Judiciário aumenta o comprometimento e obrigado a realizar
contratações.
“Um percentual de 92% é comprometido por servidores e
membros do MP”. Ele disse ter pego uma estrutura sucateada, sem promotores no
interior. Disse que aumentou a presença de promotores no interior e combateu
excessos.
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