A Polícia Civil indiciou quatro
pessoas em dois dos cinco inquéritos abertos contra o Padre Airton Freire, suspeito
de estupro. Esses dois procedimentos foram concluídos pela corporação, que
informou que, entre as quatro pessoas indiciadas, uma delas é o religioso e
outras duas estão foragidas.
Padre Airton Freire foi
denunciado por cinco pessoas por suspeita de estupros que segundo as vítimas,
teriam sido praticados com a ajuda de funcionários. Dois dos suspeitos, estão
foragidos, são eles, Landelino Rodrigues da Costa Filho e Jailson Leonardo da
Silva, esse último suspeito de estuprar a personal stylist Silvia Tavares, que
levou o caso a público.
Nesta quarta-feira (26), a
Polícia Civil concedeu uma entrevista coletiva sobre o caso, na sede da
corporação, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. A investigação foi
intitulada Operação Amnom.
O nome da operação faz referência a Amnom personagem da bíblia que
foi o filho primogênito do rei Davi. A história de Amnom na Bíblia ficou
conhecida de forma muito negativa. De acordo com o registro bíblico, Amnom se
apaixonou e violentou Tamar, sua própria irmã por parte de pai. A mãe de Amnom
era a jezreelita chamada Ainoã (2 Samuel 3:2; 1 Crônicas 3:1).
Padre Airton está preso
preventivamente e internado em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) de um hospital no Recife, com “princípio de acidente vascular cerebral
(AVC)”. A defesa dele nega as acusações. O g1 entrou em contato com as defesas
de Jailson e Laudelino, que não se manifestaram até a última atualização desta
reportagem.
Além do padre e dos dois
funcionários, segundo a polícia, também foi indiciada uma quarta pessoa, por
falso testemunho. O nome não foi divulgado e não há mandado de prisão aberto
contra essa pessoa.
“São
mulheres que não se conhecem, e um homem, também, que detalham de forma
emocionada, demonstram dor em relembrar os fatos, e não há nenhum indicativo de
que estão inventando, fantasiando algo sobre um homem que, por elas, era tido
como um homem santo. Todos os elementos que não podemos dar detalhamento corroboram
para essa linha”, disse a delegada Andreza Gregório, da Delegacia de Afogados
da Ingazeira, no Sertão, responsável pela investigação.
A delegada Fabiana Leandro,
diretora do Departamento da Mulher, informou que outras vítimas foram
identificadas depois que Silvia Tavares foi a público expor o caso. Ela pediu
que outras possíveis vítimas também denunciem o caso.
“Nosso
número está à disposição da população para outras vítimas que queiram realizar
denúncias, ou testemunhas e colaboradores. O
telefone é (81) 9 9488.7082”, disse a delegada.
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